28 outubro 2007

NÃO VALE TUDO O MESMO

In silenzio nel blu, de Alessandra Rosini




A propósito da"branca inteligência de umNobel" voltei a encontrar sabedoria nas palavras de Inês Pedrosa.
Num tempo em que se misturam alhos com bugalhos e tudo parece ter o mesmo valor... num tempo em que se reescreve o provébio retirando-lhe o NÃO - a palavra fundamental - e até "vozes de burro chegam aos céus"... neste preciso tempo faz sentido um pedaço de luz, mesmo que isso entonteça mais quem só conhece o voo nocturno.


"(...)
Não é a falta de "opiniões dissonantes"aquilo que mais me preocupa -pelo menos na Europa. Preocupa-me, sim, que a extrema tolerância que dizemos caracterizar-nos, aliada à força e à velocidade dos meios de comunicação, triture ciência e preconceito, factos e opiniões,na mesma máquina misturadora - e que a Razão tenha o mesmo espaço, o mesmo tratamento, a mesma dignidade que qualquer barbaridade que lhe seja contrária. A especialização dos saberes e a concomitante divulgação massificadora no espaço público têm consequências na formação do pensamento individual. E não, não vale tudo o mesmo, nem tudo é igual."

20 outubro 2007

SABORES POVEIROS

SABORES POVEIROS
Polvo
(Polvo Assado / Panados de Polvo)
Garcia apresentou queixa ao Tribunal contra Artur Queirós.
O Ministério Público subscreveu a queixa-crime e acusou o jornalista Artur Queirós, Director do Voz da Póvoa, de um crime de difamação com abuso de liberdade de imprensa.
O arguido Queirós vai ser julgado em Novembro.
Para o defender, leva com ele duas personalidades do mais alto gabarito local: o Dr. José Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal, e o Dr. Luís Diamantino, Vereador da Cultura da Câmara Municipal.

Constatação pertinente:
O polvo é um molusco cefalópode, que vai bem com azeite. Por seu lado, o queijo limiano é uma bola amarelada com epiderme vermelha!

17 outubro 2007

O JULGAMENTO DE QUE ELES NÃO FALAM



UMA QUESTÃO DE COERÊNCIA.
Do mesmo modo que publicitei o meu próprio Julgamento no "caso idiota" e as datas das respectivas sessões, é legitimo que faça o mesmo em relação a quem eu próprio movi uma queixa-crime por difamação.
Na sequência dessa iniciativa, o Director do jornal A VOZ DA PÓVOA, ARTUR QUEIRÓS, foi acusado pelo Ministério Público da prática de um crime de difamação com abuso de liberdade de imprensa.
O Processo corre no Tribunal Judicial da Comarca da Póvoa de Varzim com o número 590/05.1 TAPVZ!
ARTUR QUEIRÓS será julgado no próximo dia 15 de Novembro de 2007.


CURIOSIDADE E COINCIDÊNCIA.
Na proximidade temporal do evento, já não me zurzem apenas a mim. Constatada a resistência, é a fase seguinte da tentativa de assassinato pessoal e político. Agora, na mais completa falta de respeito e pudor, agridem de forma vil a minha família, descontextualizando frases, deturpando sentidos, e fazendo das frases soltas e deterioradas o essencial do que não é!
A quem seve o aviltamento da vida em comunidade?

Volto a citar Inês Pedrosa: “quando a golpada substitui o debate, a democracia reduz-se drasticamente – até porque, neste registo, só os biltres se entendem. (…) as pessoas de bem, sejam elas de esquerda ou de direita – velhacos, há-os em todo o espectro político, até porque têm uma particular arte para se acoitar junto do que está a dar -, acabarão por desistir de intervir na vida pública. Depois queixem-se.”

12 outubro 2007

PRECISAMOS DE JORNALISMO


Quando pela terra se rasteja no subsolo da decência, nas luras que ficam abaixo do respeito e da falta de pudor, se descontextualizam os factos para os deturpar de forma vil, se avança leviana e desavergonhadamente pelo terreno da privacidade, violando o que é íntimo, para se fazer chacota no jogo da subserviência aos amos, é mesmo útil ler o artigo do Jornalista Joaquim Fidalgo.

Precisamos de JORNALISMO e não de bisbilhotice!
Precisamos de INFORMAÇÃO e não de intoxicação!

"Vocês os jornalistas..."

Uma revista decidiu pegar na fotografia e ampliar o papel que Sarkozy levava na mão, de modo a poder ler-se o que dizia... O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, saiu de uma reunião com um molho de papéis debaixo do braço. Coisa normalíssima.
Um desses papéis estava escrito à mão e voltado para fora. Via-se que estava escrito, mas, à distância, não conseguia ler-se. Coisa normalíssima.
Diversos fotógrafos captaram imagens do presidente à saída da reunião, com os papéis debaixo do braço. Coisa normalíssima para uma figura pública, num espaço público. Uma revista decidiu pegar na fotografia e ampliar o papel que Sarkozy levava na mão, de modo a poder ler-se o que dizia. Alto lá! Isto já não é nada normal...
O escrito parecia uma carta de amor. Assunto privado, portanto. Mas nem por isso a tal revista deixou de ampliar a fotografia e de dar a ler a todos os seus leitores o conteúdo da dita "carta de amor". Normal, isto?... Jornalismo, isto?... Bisbilhotice, é o que é. Pura e simples bisbilhotice.
Palavra puxa palavra, começou a circular o boato de que Nicolas Sarkozy teria uma namorada secreta, pois a carta ampliada parecia comprometedora. Minha nossa!... Não há limites?...
Acabou por se esclarecer (mas teve de se vir esclarecer a público, imaginem só!) que a carta era, afinal, de uma amiga de Sarkozy e dirigida, afinal, à sua mulher. Ou seja, não havia namorada nenhuma. E que houvesse...
Quando ouço ou leio histórias destas, fico envergonhado enquanto jornalista. Começo a imaginar que as pessoas olham para mim e pensam "cuidado, vamos esconder tudo, fechar a boquinha, tapar a cara, que vai ali um daqueles abutres". E sinto-me mal. Vou a um restaurante e, se sabem que eu sou jornalista, as pessoas em volta calam-se, porque nunca se sabe se eu vou tentar escutar as suas naturalíssimas conversas privadas... Entro num escritório e, se sabem que eu sou jornalista, as pessoas tapam os papéis e fecham as gavetas, não vá eu surripiar qualquer coisa ou ler um apontamento pessoal... Isto não é normal, pois não? Eu sei que seria incapaz de fazer uma coisa dessas, mas as pessoas não sabem se sou; e como sabem que alguns, também intitulados jornalistas, são capazes de tudo isso, tendem a julgar todos pela mesma medida. Sinto-me mal quando as pessoas me criticam, mesmo impessoalmente, com um abanar de cabeça e um triste "vocês, os jornalistas!..."E o que é que havemos de fazer? Que é que pode ou deve acontecer ao "jornalista" que ampliou a carta pessoal de Sarkozy? Que é que pode ou deve acontecer ao director da revista que a publicou? Se não chega a ser assunto de lei ou de tribunal, ficamos assim, sem mais, lamentando até que surja a próxima? Aceitamos, nós todos, deixar-nos confundir com quem não tem respeito por nada?Estas questões discutiram-se um pouco a propósito da revisão do Estatuto do Jornalista. Surgiram movimentos de opinião, abaixo-assinados, promessas auto-reguladoras. Mas já esfriou tudo. Voltarão a discutir-se no final deste mês, numa conferência internacional em Lisboa, sob os auspícios da Entidade Reguladora da Comunicação Social. E era bom que continuassem a ser discutidas, para ver se se chega a algumas conclusões. A bem dos jornalistas, sim - mas sobretudo do público.

JOAQUIM FIDALGO, Jornalista, Público, 10 de Outibro de 2007



06 outubro 2007

COMEÇOU O JULGAMENTO

A primeira sessão do julgamento do "Caso Idiota" realizou-se na manhã do passado dia 4 de Outubro, Dia Mundial do Animal.
Foram ouvidos o Arguido, Silva Garcia, e um dos pretensos ofendidos, o Presidente Macedo Vieira que, como ele afirma, é Presidente da Câmara e ele próprio ao mesmo tempo, ao contrário de outros presidentes que são uma coisa como autarcas e outra como pessoas!
A segunda sessão terá lugar, em princípio, no proximo dia 29 de Outubro, pelas 9h30. Serão ouvidos o segundo pretenso ofendido, o Vice-Presidente e Ex-Presidente do PSD Póvoa, Aires Pereira - sim, esse, o do Caso Dourado, condenado neste Tribunal de Comarca por crime de Abuso de Poder no exercício das suas funções de Vice-Presidente da Câmara...- e as testemunhas da Acusação. Veio a saber-se que são o funcionário municipal Eng.º Manuel Rocha, e António Dourado - sim, esse, o do Caso Dourado, julgado e condenado neste Tribunal de Comarca... - o ex-funcionário municipal reformado compulsivamente e logo a seguir nomeado Presidente da Administração da Empresa Municipal Varzim Lazer EM por Macedo Vieira e Aires Pereira, e substituido há pouco mais de um ano, depois de, finalmente, o Presidente Vieira vir a público reconhecer que o seu grande erro foi tê-lo nomeado para dirigir a empresa municipal.
Numa terceira sessão, cuja data ainda se desconhece, serão ouvidas as testemunhas de defesa.
Entretanto, vale a pena ler o que se diz na CADEIRA DO PODER.

01 outubro 2007

NOVO ADIAMENTO

OUTRA INFORMAÇÃO:
soube que o julgamento sobre o caso "idiota" foi adiado para o dia 4 de Outubro de 2007, às 9h30.


ENTRETANTO UMA MENSAGEM RECEBIDA:
Amigo cá-7o:
Este caso já ganhou raizes a nível nacional e se calhar vai entrar no anedotário indígena pois tem todos os condimentos para tal...Veja no semanário Sol e... sorria...

http://sol.sapo.pt/blogs/ramodebarro