21 julho 2007

A GOLPADA


Razão tem Inês Pedrosa ao dizer que “quando a golpada substitui o debate, a democracia reduz-se drasticamente – até porque, neste registo, só os biltres se entendem. (…) as pessoas de bem, sejam elas de esquerda ou de direita – velhacos, há-os em todo o espectro político, até porque têm uma particular arte para se acoitar junto do que está a dar -, acabarão por desistir de intervir na vida pública. Depois queixem-se.”
Na penúltima edição, o jornal A Voz da Póvoa fez parangonas sem cuidar de, previamente, fazer o que é básilar em jornalismo: o exercício do contraditório.

Com repetida má inclinação, depois de definido o alvo a abater, encheu de tinta a primeira página e a página três: “ Silva Garcia no Banco dos Réus Por Ofensas a Macedo Vieira” e “Silva Garcia em Tribunal Por Ofensas Graves Ao Presidente da Câmara E ao Vereador Aires Pereira”, dixit.

Com a pressa de mais uma tentativa de homicídio político, lá serviu de trombeta às costumeiras afirmações trapalhonas do Caudilho e da sua Sombra, agitadas para deturpar a realidade, com a obsessiva voracidade de acrescentar poder ao poder.

Silva Garcia escreveu um ESCLARECIMENTO AOS POVEIROS, estribou-se na Lei e, rapidamente e de forma expedita, solicitou ao Director do jornal que o publicasse.
O esclarecimento não foi publicado, com a proximidade temporal ao facto que o motivou…Não se sabe mesmo se o será...

Talvez um facto novo – real, concreto e indesmentível - explique a falta de neutralidade de um jornal que se diz independente. O futuro falará disso, oportunamente.
Para já, aqui fica a legítima acção de esclarecer.


SILVA GARCIA ESCLARECE OS POVEIROS
Em 2004, quando o governo anunciou a intenção de dotar de portagens a IC1, o cidadão Silva Garcia opôs-se, participou em acções de movimentos cívicos e escreveu um artigo de opinião na edição de 20.10.2004 do jornal Póvoa Semanário.
O cidadão Silva Garcia criticou a posição do PSD de Aires Pereira e do Presidente da Câmara, Macedo Vieira, desmontando a utilização errada do conceito pelos mesmos, e, a páginas tantas, escreveu:
(…) “
Do Porto a Valença, todos os autarcas têm reagido em defesa dos interesses dos seus cidadãos: independentemente dos partidos políticos a que pertencem, estão todos contra as portagens na IC1/A28!
Na Póvoa, o PSD de Aires Pereira e o Presidente da Câmara Macedo Vieira põem o interesse dos poveiros em segundo plano. Manejam de forma idiota o princípio neoliberal do utilizador-pagador, e querem que todos paguemos portagens
.” (…)

Por causa desta frase, e da utilização da expressão “idiota”, Silva Garcia, que opinara em acto de cidadania, é arguido e vai ser julgado no Tribunal da Póvoa de Varzim, em 25 de Setembro de 2007.
A alegada “ofensa grave ao Presidente da Câmara e ao Vereador Aires Pereira” do titulo do jornal A Voz da Póvoa deve-se, portanto, à utilização do termo “idiota", não para classificar as pessoas, mas a utilização que fizeram, num dado momento, do conceito de utilizador/pagador!
O Processo n.º 276/05.7 TAPVZ corre no 4.º Juízo do Tribunal Judicial da Comarca de Póvoa de Varzim, é público, pode ser consultado por qualquer cidadão e será ali, e não na praça pública, que a expressão utilizada pelo cidadão Silva Garcia irá ser ponderada.

Reposta a Verdade, fica claro que são despropositadas e indutoras de interpretações erradas as insinuações e as afirmações dos Senhores Presidente e Vice-Presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Dr. Macedo Vieira e Eng.º Técnico Aires Pereira na referida noticia. De facto:
- o motivo aconteceu em 20/10/2004, tendo o processo dado entrada no Tribunal em 7/04/2005, e não recentemente, como a notícia deixa a entender;
- o processo não foi movido contra o Blog Ca-70.blogspot.com, nem podia ser, porque este existe desde 1/12/2005.
- ao contrário do que afirma o Dr. Macedo Vieira, é FALSO que o processo tenha sido movido contra o VEREADOR Silva Garcia. De facto, não foi, nem podia ser: à data Silva Garcia era apenas candidato à Câmara Municipal;
- o processo foi movido contra o CIDADÃO Silva Garcia, não por qualquer comportamento ou procedimento como Autarca, que não o era, mas apenas por causa de uma opinião exercida na sua luta pela defesa dos interesses dos Poveiros;
- ao contrário do que é afirmado na notícia, em lado nenhum a decisão instrutória refere que Silva Garcia tenha tido uma “conduta insultuosa” e que vá ser julgado por isso;
- o processo judicial foi parcialmente arquivado pelo Tribunal, porquanto a queixa apresentada visava outras afirmações que foram consideradas sem qualquer relevância penal.




09 julho 2007

A CHALAÇA




CASO 1
Aires Pereira, o autarca inquiridor, rosto visível da criação do Caso Dourado, foi acusado de CRIME DE ABUSO DE PODER pelo Ministério Público. Julgado pelo Tribunal da Póvoa, foi condenado. Consta que recorreu para o Tribunal da Relação do Porto. Em público desconhece-se ainda o desfecho final do processo… Se há ou não decisão final, tem estado aferrolhada.
Em síntese, Aires Pereira é ou foi arguido POR UM ACTO QUE COMETEU NO EXERCÍCIO DAS SUAS FUNÇÕES DE VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA!

CASO 2
Em 2004, quando o governo anunciou a intenção de dotar de portagens a IC1, o cidadão Silva Garcia opôs-se, participou em acções de alguns movimentos cívicos e escreveu um artigo de opinião no jornal Póvoa Semanário!
Nesse texto, criticou a posição do PSD de Aires Pereira e do Presidente da Câmara, Macedo Vieira, que vieram em defesa ordeira das portagens contra a Póvoa e o seu equilíbrio funcional, invocando sem nexo o princípio do utilizador/pagador.
O cidadão Garcia desmontou a utilização errada do conceito pelos ilustres senhores e, a páginas tantas, escreveu:

(…) “Do Porto a Valença, todos os autarcas têm reagido em defesa dos interesses dos seus cidadãos: independentemente dos partidos políticos a que pertencem, estão todos contra as portagens na IC1/A28!
Na Póvoa, o PSD de Aires Pereira e o Presidente da Câmara Macedo Vieira põem o interesse dos poveiros em segundo plano. Manejam de forma idiota o princípio neoliberal do utilizador-pagador, e querem que todos paguemos portagens.
” (…)


Por causa desta frase, Garcia, que opinara em acto de cidadania, é arguido e vai ser julgado, no Tribunal da Póvoa de Varzim, em 25 de Setembro de 2007.


DIFERENÇA ABISSAL
Pereira é arguido por causa de um acto que produziu no exercício das suas funções de Vice-Presidente da Câmara Municipal, desprestigiando a instituição e causando indirectamente prejuízo ao bem público.
Garcia é arguido por causa de uma opinião emitida enquanto cidadão!

Aires não tem condições éticas e políticas para continuar a desempenhar o cargo onde cometeu o facto pelo qual é arguido: abuso de poder!
E, só por chalaça, Aires pode querer que Garcia suspenda as suas funções como autarca, na sequência da publicação de um artigo de opinião que escreveu antes de ter sido eleito!

Garcia não tem que suspender quaisquer funções como autarca. E, como e óbvio, Garcia também não suspende as suas “funções” de cidadão.
Pode Aires tirar o cavalinho da chuva!

POST SCRIPTUM
A má inclinação para deturpar a realidade e tentar confundir as mentes com o intuito de desculpar o indesculpável, não há-de manchar a dignidade de quem tem as mãos limpas!

03 julho 2007

BOCAS DO INFERNO




Um distinto membro da maioria PSD terá dito em onda viva que um dos Vereadores Socialistas era INTRAGÁVEL!

Mas, não tem razão!
É que não é apenas um. São todos.
Eles não se deixam comer!