DESLIGAR A LUZ PELA TERRA

Há atitudes que são apenas simbólicas, mas que são indispensáveis à mudança de paradigmas e de comportamentos. Não salvam o mundo, mas ajudam.
Ontem em três mil cidades em todo o mundo muitas luzes foram apagadas durante uma hora, numa mensagem simbólica de que é preciso fazer mais para combater o aquecimento global.
Sidney, Paris Roma Londres Atenas Cairo Nova Iorque Rio de Janeiro Buenos Aires Cidade do México… Mas, também em Portugal, monumentos nacionais, marcos da paisagem urbana como a Ponte 25 de Abril, equipamentos e edifícios públicos e casas particulares estiveram às escuras, na terceira edição da Hora do Planeta - uma campanha lançada em 2007 pela organização ambientalista internacional WWF.
Sidney, Paris Roma Londres Atenas Cairo Nova Iorque Rio de Janeiro Buenos Aires Cidade do México… Mas, também em Portugal, monumentos nacionais, marcos da paisagem urbana como a Ponte 25 de Abril, equipamentos e edifícios públicos e casas particulares estiveram às escuras, na terceira edição da Hora do Planeta - uma campanha lançada em 2007 pela organização ambientalista internacional WWF.
Pelo menos sete cidades portuguesas aderiram: Lisboa, Tomar, Águeda, Vila Nova de Famalicão, Funchal, Almeirim e Guimarães. Cada uma comprometeu-se não só a apagar algumas luzes sob sua jurisdição como também a divulgar a campanha junto dos seus munícipes. Em Lisboa, há um ecoconcerto do músico André Sardet, no Jardim da Torre de Belém.
A Póvoa, como em tantas outras coisas em que se afirma a modernidade, ignorou…Mas manteve o cemitério novo iluminado ao longo de todo o espaço e da noite da noite, repetindo o desperdício que continua desde que inaugurou o equipamento.
Um dia, ainda desempenhava funções autárquicas, chamei a atenção para esse desperdício num tempo em que a defesa do ambiente e a gestão racional dos recursos é também uma questão ética.
O Presidente e o Vice-Presidente justificaram a luz acesa para ninguém alegando ter como objectivo a segurança do cemitério e não um luxo de natureza estética. Mas, para a segurança bastaria um ou dois projectores, dispensando-se a panóplia de iluminarias espalhadas no cemitério de lés a lés…
Mas, será que a segurança num espaço desértico, sem frequência nocturna, na periferia da cidade, se garante com luz, sem qualquer vigilância?
Um dia, ainda desempenhava funções autárquicas, chamei a atenção para esse desperdício num tempo em que a defesa do ambiente e a gestão racional dos recursos é também uma questão ética.
O Presidente e o Vice-Presidente justificaram a luz acesa para ninguém alegando ter como objectivo a segurança do cemitério e não um luxo de natureza estética. Mas, para a segurança bastaria um ou dois projectores, dispensando-se a panóplia de iluminarias espalhadas no cemitério de lés a lés…
Mas, será que a segurança num espaço desértico, sem frequência nocturna, na periferia da cidade, se garante com luz, sem qualquer vigilância?