08 março 2009

SINTOMÁTICO


O Público convidou-o a fazer o Editorial do número que marca o décimo nono aniversário do jornal. Sintomático.
Sintomático, também, o desabafo de Lobo Antunes, em que impressiona a inequívoca e directa acusação à deriva que alguns directores, chefes de redacção e jornais se prestam.
Cada um com a sua experiência, afinal há mais quem não seja indiferente à cumplicidade funcional com certos poderes e à falta de competência e de honestidade intelectual que contamina alguma imprensa, sobretudo de âmbito local.



É pena que os jornais, como a literatura, sejam uma estrebaria de porta aberta: devia ser reservada aos profissionais sérios, como os nomes de que há pouco falei, e que decerto existem. Conheço alguns. Estes parágrafos para o PÚBLICO são uma homenagem a esses nomes. O que me assusta é o facto de qualquer pessoa estar à mercê de criaturas medíocres, sem possibilidade de rectificar a pulhice.”

In Lobo Antunes, Os Jornais & eu, Público, edição de 2009.03.05

8 Comments:

Blogger Manuel CD Figueiredo said...

Também Mário Soares escreve na VISÃO (nº835) que é necessário corrigir algumas fragilidades que a nossa Democracia apresenta, em vários domínios, como sejam nos partidos políticos, nos sindicatos, na Justiça e no domínio "dos media, onde cada vez há menos jornalistas qualificados e independentes e mais 'funcionários' ao serviço dos interesses que lhes pagam...".

08 março, 2009 21:19  
Anonymous Anónimo said...

Já agora, o medo que se está apossando das pessoas, de certas pessoas, é tal, que até aqui na blogesfera, em certos blogues, a censura é o denominador comum. Em nome do medo de ter de ir a tribunal, da nova MPide, do bom nome, e outras coisas que tais. Coisas que o medo leva a que os donos de certos espaços, em vez de usarem o direito, desde logo devidamente dito e esclarecido, de se reservarem o não publicarem e aceitarem comentários, pelo contrário, provocam-nos, para depois não os publicarem.
Sintomático, né?
Não digo nomes, mas já deixei de contribuir para essas tretas, nem como anónimo. É que já usaram o meu pseudónimo, e apesar de avisados, os donos do espaço, levaram tempos infinitos a esclarecer, coisa mais rápida fizeram ao censurar.

Um abraço amigo do josé andrade

10 março, 2009 04:02  
Blogger José Leite said...

Na imprensa local (quase toda) impera um sectarismo atroz e os poucos casos de independência são apenas excepções à regra dominante.

A voz do dono está omnipresente.

Há tempos dizia-me um desses «conceituados» funcionários ao serviço da nomenklatura:
__A independência não existe! tu és mas é um incoerente! hoje dizes mal de um gajo mas amanhã já estás a dizer bem!

Não concebem essas mentecaptas criaturas que não se pode estar só a dizer mal de um lado e bem do outro. Isso é a canga, o jugo partidário mais hediondo. Não conceber a independência é a ingenuidade e a falta de lucidez mais gritante. É óbvio que há limites. Mas não existe verdadeira independência quando os jornais são a mera voz do dono... e os jornalistas assim subjugados e domesticados assemelham-se a canídeos...

11 março, 2009 18:35  
Anonymous Anónimo said...

Boas, amigo gostaria que você visse este vídeo!!!
diga la se é mentira isto que Medina Carreira diz!!
Serve de carapuça para alguém que conhecemos!!

http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/mariocrespoentrevista/2009/3/mario-crespo-entrevista.htm

15 março, 2009 13:51  
Blogger IN VERITAS said...

No caso de Argivai," el presidente pistolero politico " como em muitas freguesias por esse Portugal Profundo, o cenário não muda muito...calar a oposição a todo o custo nem que seja com a ameaça e a ignominia...lançar na lama a oposição...felizmente como no caso de Argivai, a oposição não subserviente ao poder obrigou à terceira tentativa a realização da tal assembleia requerida há muito...Obrigou..pediu esclarecimento mas foi enxovalhada...felizmente que o Presidente da Junta, ex-socialista, reconheceu o erro e pediu parcialmente desculpas..revelando em parte o lado bom... Mas sabendo que haviam mais de 600 assinaturas contra a demolição do salão social de argivai nos termos em que pretendia- ou seja sem alternativa para a freguesia - apressou-se ademoli-lo mesmo antes da entrega anunciada das referidas assinaturas...
Assim se boicota " a democracia participativa" ... a auscultação daverdadeira vontade popular.. e funciona o "caciquismo" do sec XIX... Continuam a existir muitos "joãozinhos das perdizes" personagem inegualável de Julio Dinis... Porugla Oitocentista revela-se na politica com estes novos partidos "Regeneradores e Proguressistas"...

17 março, 2009 11:12  
Anonymous Anónimo said...

É uma acusação demasiadamente generalista, se me permitem a intromissão. É o mesmo que dizer que os políticos são todos iguais. O António Lobo Antunes prestaria um bom serviço ao país se desse dois ou três exemplos. Seria mais pedagógico. Convém tanbém dizer que a independência dos jornalistas tem sido sistematicamente limitada por sucessivas leis aprovadas pelo PS e PSD. A lei do porte pago (governo Sócrates) e a lei que obriga, em última instância, o jornalista a revelar a fonte (governo Sócrates) são os dois últimos exemplos. Nessa altura, fiz uma pesquisa pelos blogs e nenhum falou do assunto o que revela um desconhecimento estranho para cidadãos do vosso quilate.

Atentamente

Pedro Faria

19 março, 2009 13:41  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com o pedro não sei quem é mais um anónimo mas concordo. É preciso dizer nome~s não basta dizer na imprensa local (quase toda). É preciso denunciar quando á casos desses, chamar os bois pelos nomes.

20 março, 2009 17:10  
Anonymous Anónimo said...

este tipo de comentarios sobre os jornalistas é muito trsite, tem provas? apresentem.

suspeitas todos temos.

eu suspeito que os arquitectos que trabalham na povoa e em troia sao todos corruptos

08 abril, 2009 17:10  

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