ARROGÂNCIA PAROQUIAL
O escritor israelita Amos Oz avisa que o fanatismo brota ao adoptar-se uma atitude de superioridade moral que impede a obtenção de consensos.
Cansados de reagir às repetidas investidas de arrogância da Maioria, decidimos centrar a nossa atenção na elaboração de soluções concretas para o que consideramos serem questões locais prioritárias, no âmbito das competências autárquicas. O Projecto Bolina, que propõe um novo paradigma de mobilidade sustentável para a conurbação constituída pelos núcleos urbanos da Povoa de Varzim e de Vila do Conde é exemplo dessa postura de uma Oposição que se quer afirmar responsavelmente pela positiva!
Em simultâneo, mantivemos, todavia, a atitude de sempre: “construir consensos sempre que possível; assumir rupturas, sempre que inevitável”. Foi nessa linha que, numa das ultimas reuniões do Executivo, demonstramos uma vez mais elevação democrática quando, justificadamente, aprovámos o Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos e Higiene Pública, valorizando a iniciativa e a qualidade do trabalho produzido e cumprimentando os seus mais directos responsáveis, o Vereador do Pelouro e os técnicos do Município ligados ao processo. Mas, nessa linha também, votámos contra o Relatório de Gestão e Contas de 2006, justificando devidamente a apreciação política que sustenta o voto. Se, em relação ao primeiro caso a Maioria permaneceu serena, no segundo caso não resistiu a denunciar de forma grosseira, de novo, a sua irreprimível incapacidade de lidar com a diferença de opiniões!
Inopinadamente, recebemos em 12 de Abril de 2007, por correio electrónico, a Declaração de Voto que os Vereadores do PSD entenderam redigir depois da reunião de Câmara do dia 2 de Abril, e de onde sobressai o objectivo único de reagir à Declaração de Voto que, então, foi apresentada pelos Vereadores do Partido Socialista, a propósito da apreciação do Relatório de Gestão e Contas do ano de 2006.
A reacção “a posteriori” da maioria PSD revela uma incorrigível vontade de agredir, que já não surpreende. E confirma que, à falta de explicações credíveis, a insinuação e o insulto continuam a ser o instrumento à mão de quem está longe de ter boa consciência.
Impregnada de tão intenso azedume e falta de lucidez, já não nos incomoda, nem distrai.
Não se pode, todavia, calar a indignação pela falsidade de algumas das afirmações veiculadas por uma escrita que denuncia falta de serenidade e de respeito democrático.
Todos eles sabem o que lhes dissemos, olhos nos olhos. Sabem que a nossa apreciação do Relatório de Gestão e
Contas de 2006 era de natureza política, que não colocámos em questão a sua qualidade técnica e seriedade!
Não obstante, foi possível a este grupo de políticos vir dizer, 10 dias depois, que tivemos “o atrevimento de pôr em causa a competência e a seriedade dos documentos (e, por inerência, de quem os elabora)”.
Um tal comportamento demonstra à saciedade uma ínvia predisposição para distorcer as coisas, que não é consequência de qualquer limitação intelectual, mas um acto consciente e voluntário de fazer política menor.
E, o que é mais grave na Declaração de Voto do PSD é que insinua mas não concretiza nenhum facto. Nem podia, porque a Declaração de Voto do PS é clara e inequívoca ao apontar os pontos fracos da Maioria
Foi-nos dado a apreciar um Relatório. Frases e números que atestam uma realidade inequívoca. Os números são da responsabilidade da maioria PSD. Foi a Maioria que os propôs, foi a Maioria que deles se desviou, por sua própria conta e risco.
Cada um tem as suas referências ideológicas e programáticas, o seu Projecto Político e o seu grau de exigência. É à luz dessa matriz que olhamos o que nos rodeia. Pelo que, a nossa leitura do Relatório, estribada no seu próprio conteúdo, é uma leitura política que cabe no âmbito do confronto sério e sadio das opiniões.
Ao contrário do que faz o prolixo autor material das declarações da Maioria, não consideramos os que pensam de forma diferente extraterrestres, de cérebros atordoados e com desonestidade intelectual… não os consideramos marionetas de qualquer força obscura… não lhes atribuímos “bloqueio mental, próprios de quem não vê, e não vive, senão no mundo virtual da cartilha ou no reino retórico do manual e não sabe, portanto, conviver com a realidade real.”
Em pleno século XXI, quando há tanto a fazer para construir uma Póvoa mais moderna, amiga dos Cidadãos e da Natureza, num paradigma de desenvolvimento sustentável, é motivo de perplexidade constatar que há quem continue a preferir a agressão e a tentativa de menosprezar quem mais não deseja do que contribuir para aqueles objectivos.
É motivo de perplexidade constatar esta incorrigível incapacidade de lidar com opiniões diferentes, expressão de uma mentalidade retrógrada depois do 25 de Abril.
Uma e outra Declarações de Voto ficam em acta para memória futura. Numa coisa estamos de acordo, quem as “ler e apreciar terá, seguramente, os olhos limpos e a mente desempoeirada, para ver, sem fantasia, o corpo autêntico e inteiro da verdade”.
Cansados de reagir às repetidas investidas de arrogância da Maioria, decidimos centrar a nossa atenção na elaboração de soluções concretas para o que consideramos serem questões locais prioritárias, no âmbito das competências autárquicas. O Projecto Bolina, que propõe um novo paradigma de mobilidade sustentável para a conurbação constituída pelos núcleos urbanos da Povoa de Varzim e de Vila do Conde é exemplo dessa postura de uma Oposição que se quer afirmar responsavelmente pela positiva!
Em simultâneo, mantivemos, todavia, a atitude de sempre: “construir consensos sempre que possível; assumir rupturas, sempre que inevitável”. Foi nessa linha que, numa das ultimas reuniões do Executivo, demonstramos uma vez mais elevação democrática quando, justificadamente, aprovámos o Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos e Higiene Pública, valorizando a iniciativa e a qualidade do trabalho produzido e cumprimentando os seus mais directos responsáveis, o Vereador do Pelouro e os técnicos do Município ligados ao processo. Mas, nessa linha também, votámos contra o Relatório de Gestão e Contas de 2006, justificando devidamente a apreciação política que sustenta o voto. Se, em relação ao primeiro caso a Maioria permaneceu serena, no segundo caso não resistiu a denunciar de forma grosseira, de novo, a sua irreprimível incapacidade de lidar com a diferença de opiniões!
Inopinadamente, recebemos em 12 de Abril de 2007, por correio electrónico, a Declaração de Voto que os Vereadores do PSD entenderam redigir depois da reunião de Câmara do dia 2 de Abril, e de onde sobressai o objectivo único de reagir à Declaração de Voto que, então, foi apresentada pelos Vereadores do Partido Socialista, a propósito da apreciação do Relatório de Gestão e Contas do ano de 2006.
A reacção “a posteriori” da maioria PSD revela uma incorrigível vontade de agredir, que já não surpreende. E confirma que, à falta de explicações credíveis, a insinuação e o insulto continuam a ser o instrumento à mão de quem está longe de ter boa consciência.
Impregnada de tão intenso azedume e falta de lucidez, já não nos incomoda, nem distrai.
Não se pode, todavia, calar a indignação pela falsidade de algumas das afirmações veiculadas por uma escrita que denuncia falta de serenidade e de respeito democrático.
Todos eles sabem o que lhes dissemos, olhos nos olhos. Sabem que a nossa apreciação do Relatório de Gestão e
Contas de 2006 era de natureza política, que não colocámos em questão a sua qualidade técnica e seriedade!
Não obstante, foi possível a este grupo de políticos vir dizer, 10 dias depois, que tivemos “o atrevimento de pôr em causa a competência e a seriedade dos documentos (e, por inerência, de quem os elabora)”.
Um tal comportamento demonstra à saciedade uma ínvia predisposição para distorcer as coisas, que não é consequência de qualquer limitação intelectual, mas um acto consciente e voluntário de fazer política menor.
E, o que é mais grave na Declaração de Voto do PSD é que insinua mas não concretiza nenhum facto. Nem podia, porque a Declaração de Voto do PS é clara e inequívoca ao apontar os pontos fracos da Maioria
Foi-nos dado a apreciar um Relatório. Frases e números que atestam uma realidade inequívoca. Os números são da responsabilidade da maioria PSD. Foi a Maioria que os propôs, foi a Maioria que deles se desviou, por sua própria conta e risco.
Cada um tem as suas referências ideológicas e programáticas, o seu Projecto Político e o seu grau de exigência. É à luz dessa matriz que olhamos o que nos rodeia. Pelo que, a nossa leitura do Relatório, estribada no seu próprio conteúdo, é uma leitura política que cabe no âmbito do confronto sério e sadio das opiniões.
Ao contrário do que faz o prolixo autor material das declarações da Maioria, não consideramos os que pensam de forma diferente extraterrestres, de cérebros atordoados e com desonestidade intelectual… não os consideramos marionetas de qualquer força obscura… não lhes atribuímos “bloqueio mental, próprios de quem não vê, e não vive, senão no mundo virtual da cartilha ou no reino retórico do manual e não sabe, portanto, conviver com a realidade real.”
Em pleno século XXI, quando há tanto a fazer para construir uma Póvoa mais moderna, amiga dos Cidadãos e da Natureza, num paradigma de desenvolvimento sustentável, é motivo de perplexidade constatar que há quem continue a preferir a agressão e a tentativa de menosprezar quem mais não deseja do que contribuir para aqueles objectivos.
É motivo de perplexidade constatar esta incorrigível incapacidade de lidar com opiniões diferentes, expressão de uma mentalidade retrógrada depois do 25 de Abril.
Uma e outra Declarações de Voto ficam em acta para memória futura. Numa coisa estamos de acordo, quem as “ler e apreciar terá, seguramente, os olhos limpos e a mente desempoeirada, para ver, sem fantasia, o corpo autêntico e inteiro da verdade”.
3 Comments:
Esta declaração de voto do PSd está em linha com a sua praxis e o seu paradigma moral.
Veja-se o caudal de adjectivações com que vêm atordoando a praça pública desde a "estória das horas extraordinárias" até agora. São "maledicentes", têm "despudor", são "incapazes"... agora, são "virtuais" e não se adaptam ao "real"!!!
Como observador neutro, já "vi esta cena" em vários sítios: Madeira, Marco de Canavezes, Felgueiras...
Eu pergunto:
Quem pôs aquela placa na Aguçadoura a referir a existência de uma ETAR? Todos sabemos que não existia...
Quem confunde os desejos com a realidade?
Quem é que propõe planos de actividades em que pouco mais de 50% é "real" e o resto é "virtual"?
ESTE PSd FAZ O MAL E A CARAMUNHA!!!
As maleitas que atribuem aos adversários estão lá todas inscritas neles próprios...
AS CRÍTICAS TÊM UM INILUDÍVEL SABOR AUTOCRÍTICO!
Pelo que se lê neste texto - e não é a primeira vez que isso acontece - percebe-se quanto os valores da Educação e da Cidadania andam arredios da nossa sociedade.
Pudesse a maioria dos poveiros ler e compreender as afirmações que a maioria que os governa constroi, sem pudor, sobre factos como os aqui relatados, e pelo certo tomariam então atitudes frontais a exigirem respeito; seriam, como tantos dos seus antepassados, Homens de Bem.
Quando se celebram 33 anos do 25 de Abril, há só uma palavra para este tipo de comportamento: EXECRÁVEL!
O 25 de Abril morreu! E morreu develho e carcomido...Corroido por dentro..tal como nasceu...Foi mais uma Revolta, tal como o Prurido amarelado das feridas que cobre a superficie, para depois se transformar em crosta e dar lugar atecido novo... Hoje já não vale apena lembras mais a ferida aberta e purulenta...O tecido que fez o 25 de abril eram todos militares do antes do 25 homens que tinhas estado do lado ou ao lado de salazar durante muitos anos e que discordavam mais de marcelo e sua primaveril abertura do que do velho ditador retrógrado , chauvinista, metropolitado, e com o complexo de superioridade sobre os africanos e indigenas do Ultramar português deixando matéria mais que suficiente para justificar o pedido e clamor de emancipação dos povos de além mar... Quem nunca perdoou esse grito deliberdade foram os militares do antes e do pós 25 , especialmente se vindo de antigos metropolitanos, há muito radicados nas colónias...Por isso os alferes e os coroneis nunca perdoaram as criticas que os brancos moçambicanos lhes faziam na luta contra aFrelimo.. julgando aqueles alferes e coroneis que lá estavam para defender os brancos portugueses aí radicados.. puro engano.. estavam era adefender os reais interesses da camarilha económica instalada na Metrópole , apaniguados de Salazar, que nunca se deslocou ao Ultramar e os altos e inconfessados interesses dos paises da NATo.. numa mais ampla estratégia da "guerra fria"... essa é que é essa...E ontem como hoje tudo não pasoou de "arrogancia paroquial"...a qual na ´Póvoa devarzim ainda se nota muito no poder autárquico e isto porque apesar da quinta revisão constitucional ainda se não conseguiu criar a figura da Região administrativa..., que dirimia o poder corrupor e corrompivel que é o poder autárquico hoje...
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