05 maio 2006

OBVIAMENTE

Portugal no seu melhor



Imaginemos uma escada por onde, todos os dias, as pessoas têm de passar. Quando chegam ao último degrau, sistematicamente as pessoas tropeçam, caiem, magoam-se e têm de ir ao hospital. Com o aumento do número de pessoas que desce a escada, aumentam os tropeções no último degrau. Repetem-se as quedas, multiplicam-se as feridas, as pessoas acumulam-se em segunda fila na entrada do hospital. Se continuar a crescer o número de pessoas que vai tentar superar o último degrau, é provável que as coisas fiquem insustentáveis.
Qual é a solução, então? Construir mais hospitais? Não! Corrigir o degrau que causa a queda, obviamente!
Ora, diante do excesso de veículos que devoram as apertadas ruas da cidade, engasgados numa mobilidade aos soluços e estacionados num aperto de encolher chassis, o que deve fazer-se? Construir-se mais parques de estacionamento centrais - que atraem mais veículos ao coração da cidade – ou criar soluções de acessibilidade alternativa, ou seja, corrigir o maldito degrau?
Na minha opinião, a construção do parque de estacionamento subterrâneo na Avenida Mouzinho vai precisamente no sentido oposto do medicamento que a cidade precisa.
Obviamente!

7 Comments:

Blogger renato gomes pereira said...

JJ não concordo que existam excesso de carros na Póvoa e/ou falta de estacionamentos...
Usua aPóvoa diáriamente não é isso que vejo...Há ruas que ficam atoladas de Trãnsito e outras não...A Rua das Finanças é uma delas...e por causa das finanças, do centro comercial e de uma imcompet~encia ou falta de visão de quem gere o sistema de sinalização etrânsito poveiro...

Criar ruas de sentido único e estreitá-las, provoca engarrafamento e gastos inúteis de combustiveis...

Basta que alguém pare para sair do veiculo um passageiro...

Quanto ao estacionamento...parques subterrâneos para quê? ainda se fosse em altura.. e na Avenida Mouzinho? vai passar por lá o Metro? Se vai ir até lá a estação então tudo bem... se não é um desperdicio de dinheiro pior do que o do Casino...

......e mais não digo! Estes "engenhocas" julgam que percebem das coisas mas são uns "broncos" de primeira apanha.. só complicam a vida a quem quer ir a qualquer sitio...

05 maio, 2006 12:54  
Anonymous Anónimo said...

Caro Arquitecto:

Independentemente das soluções específicas que se venham a implementar, penso que a cidade precisa de ambas as coisas: mais lugares de estacionamento e melhor oferta de transportes públicos.

Não é viável que um cidadão de uma freguesia para levantar uma encomenda num estabelecimento da Av. Mouzinho ou para ir buscar um impresso a uma repartição pública, tenha que deixar o carro na central de camionagem, "pegue" no transporte público, desça, caminhe, volte, espere pelo próximo, e regresse ao parque. Por outro lado, o rácio de viaturas por habitante que referiu é uma realidade, um facto, e a falta de garagens dos moradores da zona obriga à criação de mais lugares de paqrqueamento. Repito, contudo, que não tenho opinião formada quanto à melhor solução de parqueamento de viaturas, mas não tenho dúvidas que é um imperativo de curto prazo, tanto para moradores como para visitas pontuais e "fugazes" ao comércio e aos serviços da zona.

Contudo, e se me permite, acho que já se "consumiu" bastante com a questão do parque subterrâneo. Neste momento, a decisão parece-me definitiva e irreverível, e a Sua posição está mais do que clara perante toda a opinião pública.

Existem muitas mais áreas onde a Sua intervenção é necessária e imprescindível.

Pode (ou podemos?) ter perdido a batalha, mas a "guerra" continua...

cidadão anónimo

05 maio, 2006 17:34  
Blogger renato gomes pereira said...

Mesmo sendo das "freguesias" ( aPóvoa devarzim também é uma freguesia...)onde falta o estacionamento é junto à CGD... e é desconcertante ver os aparcamentos exclusivos para a CMPV...e não sei para quem mais...assim com apraça de taxis que devia mudar-se para em frente á estação do metro...Não se fala em intermodalidade? Então?

os tipos que mandam na "sinalectica e trânsito" são uma "nulidade"!

07 maio, 2006 10:54  
Blogger Manuel CD Figueiredo said...

Creio que a decisão sobre a Av. Mousinho não é irreversível, dadas as circunstâncias em que ela foi tomada. Basta os poveiros quererem, que uma solução de concenso há-de ser encontrada, antes de se concretizar tamanho disparate.

08 maio, 2006 01:58  
Anonymous Anónimo said...

O povo já decidiu e aprovou o projecto da Avenida Mouzinho nas últimas eleições autárquicas.

Ao ganhar o PSD por maioria absoluta, ganhou o seu projecto de requalificação da Av. Mouzinho.

Há anos que espero aquela avenida renovada. Quem se opõe é porque pura e simplesmente ou não é da Póvoa ou não ama a Póvoa.

15 maio, 2006 10:19  
Blogger CÁ 70 said...

Será que o corajoso que fica anónimo já reflectiu se o povo efectivamente debateu e aprovou o parque da Av. Mouzinho de Albuquerque?
Se é possível depreender - e só depreender - que os eleitores que votaram PSD são a favor do parque, será que se pode inferir que cerca de 9000 poveiros que votaram PS são contra a sua construção? Se é, isso esbate um pouco a sua euforia, tanto mais que 40% dos Poveiros nem sequer votou...
E não acha estranho que o Presidente da Câmara se tenha furtado sempre ao debate comigo sobre esta matéria...Antes, durante e depois da campanha eleitoral...O mesmo Presidente que justificou a construção do parque para pagar a obra de requalificação à superfície, alegando que teria custo zero, mas que todos sabemos agora que custará cerca de 800.000 contos em moeda antiga!
A questão, de qualquer modo, não é a da requalificação da avenida Mouzinho. Quanto a isso estamos todos de acordo! E se assim se mede o amor à Póvoa, pelos vistos todos a amamos.
A questão tem a ver a ver com a construção de um equipamento no seu subterrâneo que contraria todas as orientações que o mundo desenvolvido e civilizado tem vindo a defender em matéria de mobilidade sustentável.
E quanto a isso, meu caro Anónimo corajoso, posso estar errado, mas é com certeza por amor à Póvoa! É o preço de ser coerente com o que tecnicamente conheço, contra os caprichos do autoritarismo de uma maioria autista que nem sequer é capaz de defender o com argumentos técnicos. O preço da incompreensão sobre as ideias expostas cedo no tempo diante de um auditório pouco informado e pouco exigente.
Ainda um dia os veremos a defender os transportes públicos, o centro intermodal,o prolongamento do metro até Barreiros...e menos carros no centro da cidade. Nessa altura o parque vai mostrar-se praticamente inutil.Será que só então perceberão que se a prioridade fossem es medidas que a mobilidade sustentável exige não haveria necessidade de constuir um parque que funciona ao contrário e atrasa o desenvolvimento?
Já agora, Anónimo que anda pela Internet,sugiro-lhe que consulte o Programa Smile (União Europeia) e o estudo da Universidade de Aveiro sobre as partículas PM10.

J.J.Silva Garcia

15 maio, 2006 10:41  
Anonymous Anónimo said...

Para o comentador das 15 Maio, 2006 10:41

O meu comentário ficou como anónimo porque eu ainda estou um pouco verde nestas coisas da Internet. O meu nome é Adolfo Dias, conhecido como adolFo dias.

Quanto aos votos do PS e do PSD: amigo, vivemos em democracia. Aviso já que sou apartidário. Portanto sou livre de dar a minha opinião sem qualquer vínculo partidário. Houve eleições autárquicas; ambos os partidos apresentaram os seus projectos; o do PSD saiu vencedor. Será exagerado dizer que as propostas do PSD são as que interessam mais aos poveiros?

Sugiro ao meu amigo que visite cidades onde projectos semelhantes se mostram como um verdadeiro sucesso. Um exemplo que conheço muito bem, pois trabalho lá: Viana do Castelo. A questão aqui não é um NOVO parque. A questão é esconder os carros que estão em cima, requalificando a superfície; eventualmente com um aumento de capacidade, que é manifestamente insuficiente (veja-se os constantes estacionamentos em 2ª fila).

E já agora, sou totalmente a favor dos transportes públicos. Mas sou contra o tram (também chamado por alguns de metro) até Barreiros, pelo menos não é prioritário. Prioritário seria levá-lo até onde mora gente, ou seja, à baixa. Sugiro uma visita a algumas cidades europeias. O metro anda onde mora e/ou trabalha gente; e não na periferia. Na periferia podem andar sub-urbanos ou autocarros.

15 maio, 2006 15:24  

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