25 abril 2006

25 DE ABRIL DIA DA LIBERDADE



Num tempo em que, na agenda politica, prevalece o efémero e o acessório sobre o que é essencial e exige perenidade, há que reafirmar a ideia base que emana do sonho proposto, escancaradas as portas que Abril abriu: é preciso sempre mais Democracia, como seiva do Desenvolvimento que só é possível com Justiça Social.

As pessoas têm que ser os destinatários principais da acção política e da economia. A nossa causa - do Estado, das Autarquias, das organizações cívicas e de cada um de nós – tem de ser assegurar o direito à Felicidade a todos os cidadãos, homens e mulheres, novos e velhos!

O diagnóstico é conhecido e partilhado por todos há muito. Neste Portugal radicalmente transformado e incomparavelmente melhor do que nas horas dos dias de breu da ditadura fascista, há progresso e modernidade. Mas permanece por resolver a exclusão e com isso fica incompleta a cidadania e se atrasa a História. Centenas de milhares de desempregados e dois milhões de portugueses no limiar da pobreza…Cada vez mais pobres e cada mais ricos os ricos. O país europeu onde existe o maior fosso entre os que têm tudo e até demais, e aqueles que pouco têm ou quase nada.

É preciso passar do diagnóstico a uma resposta firme, efectiva e eficaz.

No país e na nossa vizinhança. Na Póvoa, em Aver-o-Mar, Balasar e na Estela, e noutros recantos distraídos da nossa terra, não é possível ficar indiferente à margem onde a vida se esqueceu de muitos dos nossos concidadãos e nem a palavra esperança consta do dicionário do quotidiano.

O 25 de Abril é o lugar onde regressamos para ver tudo mais claro. O que quer que façamos a seguir é o resultado da escolha. Hoje, de novo, importa que a escolha seja o sonho de um mundo mais justo e um caminho determinado pela vontade e não apenas mais uma ressaca depois da festa.

Duas notas em rodapé : no Marco de Canaveses pós o impossível Ferreira Torres, pela primeira vez comemora-se o Dia da Liberdade.

Na Madeira, o Al-berto fechou a ilha às comemorações do 25 de Abril, o mesmo dia que está na génese da autonomia insular e sem o qual, João Jardim, o Al-fechado, não seria livre, até para insultar a nossa história colectiva e os nossos valores.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Liberdade sim, com honestidade!
Passados 31 anos sobre a revolução acho que deveriamos fazer as pazes com o passado e restituir pelo menos o nome de "Ponte de Salazar" á ponte por ele mandada fazer e que nada teve a ver com a revolução.
Foi um grande homem, talvez por isso haja tanta gente a dizer mal.
Mudar é sempre bom mas nem sempre os que vêm são melhores!

27 abril, 2006 10:59  
Anonymous Anónimo said...

A beleza da Liberdade que o 25 de Abril permitiu, depois da luta e da resistência de tantos que por ela lutaram, com sacrificio até da própria vida, contra a Ditadura desse "grande" Sal Azar que nunca soube fazer pontes entre os homens e entre os povos, mas alimentou uma guerra sem nexo que deixou milhares de extrpiados e de mortos... a beleza da Liberdade é que ela também serve ao fascista que me anteceu! E ao contrário do que acontecia no tempo do seu tão bondoso Sal Azar, que mandava "tratar da saúde" aos que ousassem ter opinião diferente da verdade oficial,a Democracia respeita o seu direito de opinião, mesmo que não traga nada de útil ao quotidiano e seja apenas uma reacção ressaviada! O que terá ganho ao serviço da Ditadura e que é que perdeu este Anonymous com o 25 de Abril?

Pedro Bandeira

27 abril, 2006 12:10  
Anonymous Anónimo said...

Caro " Band Eira" Com o 25 de Abril eu pessoalmente não perdi nada, pelo contrario, o meu pai exportava e com a desvalorização do escudo ganhou muito dinheiro.
Quem perdeu fomos todos, se calhar deve conhecer vários portugueses que tinham já começado a sua vida nas ex colonias e que lá deixaram tudo - Vitimas de uma desloconização sem pes nem cabeça - Se calhar nos tempos de hoje, quando contrata uma empregada para sua casa, um trolha, um pintor, etc, já tentou pedir-lhes para mostrarem a sua carteira profissional?
Então experimente.
Caro Band Eira, para rematar vá ás ex colonias e pergunte quem é que eles querem lá, mas pergunte ao povo nas ruas.
Eu ajudo-o , preferem 1000 vezes os portugueses que "exploravam" do que os BOERS(SE CALHAR NÃO SABE QUEM SÃO - São os povos vindos da Holanda e que colonizaram a Africa do Sul- éra na altura a ralé da holanda e super racistas) e os Indianos que os esmagam no seu próprio Território.
E você, ... ... Onde estava no 25 de Abril (economica e socialmente falando)?
Miguel santa Comba Dão

29 abril, 2006 15:40  

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