13 maio 2007

TONTICES


Macedo Vieira, disse aos jornais que “o PS parece uma barata tonta”.

Por certo haverá tais bichinhos na Câmara da Póvoa. Mas, só por dislexia politica o Presidente da Câmara os identifica à sua esquerda. Como o comprova este ziguezague em três tempos, é através da sua própria atitude e do seu lado direito que os movimentos estonteantes e arbitrários têm lugar.

ZIGUEZAGUE EM TRÊS TEMPOS

A legislação que enquadra a aplicação do IVA não sofreu qualquer alteração. É a mesma e tem os mesmos pressupostos e princípios de aplicabilidade que era e tinha há alguns anos atrás.

Não obstante, a interpretação feita pela Administração da Varzim Lazer, EM e pela maioria PSD, com particular destaque para o Vereador do Pelouro das Finanças, variou três vezes em menos de um ano.

Um ziguezague em três tempos contraditórios: primeiro, ao longo de anos, uma prática que fazia aplicar a taxa de IVA máxima (21%) a certos serviços prestados ao Município e da taxa de IVA reduzida (5%) a outros; num segundo tempo, uma nova prática passou a aplicar a taxa de IVA reduzida (5%) a todos os serviços prestados; num terceiro tempo, uma renovada prática que passa a aplicar a taxa de IVA máxima (21%) a todos os serviços prestados ao Município.

Os Vereadores da Oposição socialista alertavam. A maioria PSD ignorava o alerta, perdida no auto-deslumbramento.

Do ROC e do TOC responsáveis pela Varzim Lazer, EM, nem sinal.

Perturbado o optimismo compulsivo de uma postura de pensamento único, a maioria PSD reagiu mal ao alerta! Enquanto os Vereadores da Oposição alertavam para o que a Lei determinava, a Maioria PSD mergulhava no auto-elogio maniqueísta e a seguir ofendia.

Juntando a falta de explicações razoáveis a uma teimosia inoperante, a Maioria divertia-se a dizer que “este PS vive de fixações obsessivas”, que não era capaz de “distinguir entre política (que não faz) e contabilidade (em que se enreda)”, atribuindo-nos o epíteto de “mentes perversas”, considerando que as preocupações por nós expressas “extravasavam as margens da decência política mais elementar” e revelam uma “desonestidade intelectual e politica abominável, só possível em quem vê o exercício da administração como um território sem ética”. Chega a esta enormidade quem elege a suspeição como princípio normativo. E, em geral, acaba mal.” concluíram o Presidente e os Vereadores eleitos pelo PSD na sua Declaração de 8 de Janeiro de 2007.

No ultimo zigue, a Maioria PSD voltou a mudar o sentido das suas orientações, concluindo o que há muito haviam concluído os Vereadores da Oposição, quando defendiam a aplicação da taxa do IVA máximo de 21% à generalidade dos serviços prestados à Câmara Municipal pela Varzim Lazer EM.

A suspeição do PS tinha, afinal, toda a razão de ser!

De que lado estão, então, “as mentes perversas” e quem revela, por fim, uma “desonestidade intelectual e politica abominável, só possível em quem vê o exercício da administração como um território sem ética”?

Os erros sucessivos cometidos pela Administração da Varzim Lazer EM, com a conivência activa da Maioria PSD terão custos. Desde logo, porque a sua regularização vai impor a devolução à Direcção Geral de Contribuições e Impostos das verbas correspondentes a correcta aplicação da taxa do IVA, vai impor o pagamento de coimas e vai impor o pagamento de juros!

Como sempre, os Poveiros pagarão a factura… através do preço da água, da tarifa de salubridade, das taxas de saneamento e do lixo…

4 Comments:

Blogger renato gomes pereira said...

Eh!eH!

Vivam as "baratas tontas"!

mais um desafio entre as "baratas tontas" e as "traças suga milhões"...

qé! qué que`!.....

que granda Buraco.... eoutro e outro!!!

a~´osto que as traças vão ganhar.... ih!ih!

16 maio, 2007 15:07  
Blogger Manuel CD Figueiredo said...

Neste caso, tão insistemente recordado pela Oposição, tanto na Câmara como na Assembleia Municipal, e sempre com a devida justificação, penso que a responsabilidade pelos prejuízos resultantes de tão teimosa atitude devem passar da esfera institucional e passar para a responsabilidade individual; ou seja, não deverão ser os poveiros a pagarem a factura, mas sim os que cometeram os erros reiterados; para isso(que me parece uma medida justa e exemplar) teria que haver uma decisão de uma entidade com competência devida. Aguardemos.

20 maio, 2007 18:38  
Anonymous Anónimo said...

ola sr.arquitecto gostaria de dizer uma coisa o sr. anda um pouco distante de alguns assuntos....
gostaria de ver esclarecido numa pergunta que ja foi aqui levantado e o sr que faz parte da camara gostaria que alerta se os poveiros.

quantos funcionarios tem a autarquia e gostava que separa se isso?
quantos operarios?
quantos administrativos?

com consideraçao........

21 maio, 2007 13:22  
Anonymous Anónimo said...

Depois de ler este artigo, a minha opinião é: o problema de fundo não está na aplicação da taxa de iva correcta ou não. está sim na incompetência das pessoas que dirigem as instituições. isto é, se a câmara funcional mal como empresa, ao nível da gestão economica -financeira, então o + fácil é criar + empresas a funcionar mal para garantir uns tantos postos de trabalho por padrinhismo sem perceberem nada do assunto e saberem fazer... ir pelo caminho + díficil q é arrumar a casa. enquanto as câmaras funcionaram financeiramente com almofadas de oxigénio do poder político e estatal não vamos lá........ o q falta neste pequeno país de +- 10 mm de pessoas é bom senso, rigor e transparência de quem está no poder. cidadão atento.........

31 maio, 2007 23:18  

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