FIXAÇÃO INSUSTENTÁVEL
O secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, divulgou a preocupação do Governo em melhorar a qualidade dos transportes nas cidades, estando a estudar formas de incorporar planos de mobilidade nas grandes intervenções urbanas.
«Os programas de mobilidade devem estar associados à forma como é planeada a cidade», disse João Ferrão, e eu concordo.
Há anos que reivindico um Plano de Mobilidade Sustentável para a Póvoa de Varzim e obviamente que ele deveria ter sido elaborado em simultâneo com o Plano de Urbanização, influenciando decididamente a sua própria concepção.
«Os programas de mobilidade devem estar associados à forma como é planeada a cidade», disse João Ferrão, e eu concordo.
Há anos que reivindico um Plano de Mobilidade Sustentável para a Póvoa de Varzim e obviamente que ele deveria ter sido elaborado em simultâneo com o Plano de Urbanização, influenciando decididamente a sua própria concepção.
Ao invés, nada disso acontece: o Plano de Urbanização da Póvoa de Varzim, que foi feito à porta fechada durante mais de 8 anos, entrou em vigor em Janeiro passado e não define qualquer estratégia de mobilidade urbana, muito menos sustentável.
Aponta-se a localização futura de dois equipamentos que integrarão inevitavelmente um sistema de mobilidade (o Centro Intermodal de Barreiros e o Parque Periférico do Parque da Cidade) e propõe-se o prolongamento do Metro até ao Centro Intermodal.
Aponta-se a localização futura de dois equipamentos que integrarão inevitavelmente um sistema de mobilidade (o Centro Intermodal de Barreiros e o Parque Periférico do Parque da Cidade) e propõe-se o prolongamento do Metro até ao Centro Intermodal.
Mas, perdidos noutras prioridades, não se vislumbra a materialização destas medidas para tão cedo. E, pior que tudo, anda-se para trás: será iniciada em breve a construção de um equipamento que nem sequer está programado no Plano de Urbanização em vigor e é contraditório com qualquer política de mobilidade sustentável: o parque central da Av. Mouzinho de Albuquerque.
Quanto a transportes públicos, não há a mínima intenção da maioria laranja em avançar.
É possível incorporar um Plano de Mobilidade Sustentável no Plano Director Municipal em processo de revisão. Espero que haja bom senso e isso se faça. É que o Governo admite que esta vai ser uma condição determinante a observar para os municípios se candidatarem a programas subsidiados por fundos comunitários.
É possível incorporar um Plano de Mobilidade Sustentável no Plano Director Municipal em processo de revisão. Espero que haja bom senso e isso se faça. É que o Governo admite que esta vai ser uma condição determinante a observar para os municípios se candidatarem a programas subsidiados por fundos comunitários.
Triste é ser preciso impor regras deste tipo para se levar a fazer o que as boas práticas de planeamento aconselham mas a teimosia do imediato vai atrasando.
Enquanto a Póvoa continua em estado de alaranjada letargia, cerca de 40 autarquias estão já a elaborar planos de mobilidade no âmbito do Programa de Mobilidade Sustentável, conforme se soube pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.
A Semana Europeia da Mobilidade, este ano subordinada ao tema das Alterações Climáticas, que decorre de 16 a 22 de Setembro, conta nesta edição com a adesão de 70 municípios portugueses, mais 13 do que no ano passado.
Na Póvoa, a maioria no poder anda a esconder as rugas com obras de pó de arroz!
Enquanto a Póvoa continua em estado de alaranjada letargia, cerca de 40 autarquias estão já a elaborar planos de mobilidade no âmbito do Programa de Mobilidade Sustentável, conforme se soube pelo secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.
A Semana Europeia da Mobilidade, este ano subordinada ao tema das Alterações Climáticas, que decorre de 16 a 22 de Setembro, conta nesta edição com a adesão de 70 municípios portugueses, mais 13 do que no ano passado.
Na Póvoa, a maioria no poder anda a esconder as rugas com obras de pó de arroz!
7 Comments:
Gostaria que desenvolvesse mais o seu raciocínio, deve apontar o que falta fazer, com que meios, e o que teria de sacrificar, ou abandonar para implementar o plano.
Será que a autarquia tem capacidade para construir uma etar, promover a adesão à rede de saneamento com uma redução de 50% no custo, promover um plano de mobilidade sustentável, etc...
Todas as suas propostas agravam a despesa de uma forma que será irreparável para as próximas gerações.
Sempre que quiser aumentar a despesa, na minha opinião, deve arranjar um quadro de financiamento, que não hipoteque o futuro,por vezes isso significa fazer cortes. Por outras palavras, o que deixava de fazer, para conseguir realizar as suas propostas?
Não é de falta de meios o problema.
O problema é de falta de descernimento e vontade política!
A Autarquia tem meios limitados, como todas as Autarquias deste país! Porque será que os problemas referidos pelo Anónimo estão resolvidos em muitas terras e noutras, como na Póvoa, não estão?
Não será porque na Póvoa o PSD tem outras prioridades, associadas a um despesismo incontrolado com horas extraordinárias, subsídios a tortoe a direito, obras para dar nas vistas, obras que poderiam ser feitas depois de resolvidas questões básicas mas que são feitas por mera mercearia eleitoralista?
Apesar de ser interessante o projecto de qualificação da Praça do ALmada, porque se há-de gastar agora mais de 200.000 contos? Será que a praça está a precisar de um intervenção inadiável? Claro que não! É um mero capricho fazer este investimento agora...
É espantoso!
Nada do que o Arquitecto propõe foi feito e a Póvoa está submersa em problemas estruturais...
O Vieira herdou 6.000.000 de contos do Vaz e a dívida da Câmara, neste momento é de 6.000.000 contos!
O que é que se andaou a fazer a tanta massa?
Ao Anonymous, que me cheira a alguém da trupe que nos trama a vida:
Quantas freguesias têm rede de saneamento? Ah, ainda há muitos lugares com os esgotos a céu aberto? Pois há! Mas, das que têm rede de saneamento, quantas casas faltam ligar à rede pública? 500, 750, 1000? E, em média, quanto cobra a Câmara por cada ligação? 300 contos? Então, se a Câmara reduzir 50% o custo da adesão à rede de saneamento, e todos eles ligarem deixa de receber quanto? 150.000 contos? Mas recebe outros 150.000, não é? E agora, que não pode obrigar as pessoas - porque seria ilegal - quanto é que recebe? ZERO, não é! Mas, mesmo que receba apenas metade na adesão, depois passa a ter mais 1000 pagantes, todos os meses, não é? E além disso, os esgotos deixam de andar à solta não é! E melhor ambiente, também!
Ora aí está, será que a redução de 50% na "jóia" é um desperdício, ou um investimento?
P.Moita, engenheiro
É importante saber quanto custa fazer!
Mas, porque é que ninguém se procupa por avaliar os custos de não fazer?
Concordo plenamente com o repto que o 1º Anónimo aqui faz a SG. Que materialize, tanto quanto possível, os planos que tem para a cidade. O quê, como, com que meios. Como diz aqui o próprio Arq., também «os custos de não fazer». Ou seja, os custos de oportunidade.
Ora é isto que venho «reivindicando» no seu blog. Que assuma a oposição. Que assuma a alternativa. Julgo que os munícipes estarão famintos disso mesmo. Muito mais do que ver o constante atirar de setas a «laranjas», «caudilhos» e etc. Que terão, concerteza, bancada certa nos seus apaniguados. Mas não lhe assegurarão victória nas próximas eleições.
Por exemplo, estou curiosíssimo em saber mais sobre o seu Plano de Mobilidade Sustentável para a Póvoa. Como certamente estarão muitos outros munícipes. Aliás, conhecendo os entraves que o executivo lhe coloca quando os pretende discutir, lanço-lhe até um repto. Discuta isso connosco! Verá que os munícipes são sensíveis a tudo o que sejam ideias novas para a cidade. E V. já demonstrou, múltiplas vezes, tê-las.
Claro que o facto deste Anónimo antecipar a resposta à pergunta que ele mesmo formulou, como que descredibiliza o seu testemunho. Mas isso já será outra história.
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