ROÍDO PELO RUÍDO
“Essa é uma questão recorrente. A cidade tem a sua animação própria, tem a sua vida própria...aqueles que se sentem incomodados com o barulho se calhar vão ter que escolher ouro destino de férias”
Aires Pereira, Vice-Presidente da Câmara da Póvoa de Varzim
In, O Comércio da Póvoa, edição de 10.o8.2006, a propósito da Recomendação dos Vereadores Socialistas sobre o ruído e os excessos cometidos em actividades de iniciativa municipal.
Aires Pereira, Vice-Presidente da Câmara da Póvoa de Varzim
In, O Comércio da Póvoa, edição de 10.o8.2006, a propósito da Recomendação dos Vereadores Socialistas sobre o ruído e os excessos cometidos em actividades de iniciativa municipal.
Resposta rimbombante, que afinal reconhece o Direito ao Barulho e descarta a obrigação legal de cumprir e fazer cumprir o Regulamento Geral do Ruído. Resposta assaz deselegante para quem nos visita.
Resposta de uma confrangedora e desrespeitosa indiferença que atinge quem cá vive todo o ano.
Resposta roída pelo ruído que faz a curva da surdez política.
Animar a cidade é, no fundo, fazer cidade. Por isso, a par de todas as actividades do quotidiano, os eventos e manifestações de índole cultural, num necessário caldo de diversidade, acrescentam alma à cidade. Nisto estaremos todos de acordo.
Todavia, é preciso que o acordo vá mais além, e faça corresponder a cada actividade o momento, o tempo e o lugar adequados.
É que, da alma da cidade também faz parte o direito ao silêncio e ao repouso, e, sobretudo, em qualquer dos casos, a tudo se sobrepõe o direito a um espaço saudável.
Se na cidade tudo acontece, e se para se aumentar a sua atractividade se pretende fazer a festa, é preciso que ela se faça no sítio certo, com peso e medida.
A Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro, que define as atribuições e competências das autarquias locais), estabelece que é «igualmente da competência dos órgãos municipais: a) Participar na fiscalização do cumprimento do Regulamento Geral sobre o Ruído».
Ora, não pode a Câmara Municipal, directa ou indirectamente, ser ela própria a promotora de actividades com níveis de ruído elevados, e, desse modo, incumprir o Regulamento Geral do Ruído, auto-justificando tal facto com o interesse de animar a cidade.
Todavia, é preciso que o acordo vá mais além, e faça corresponder a cada actividade o momento, o tempo e o lugar adequados.
É que, da alma da cidade também faz parte o direito ao silêncio e ao repouso, e, sobretudo, em qualquer dos casos, a tudo se sobrepõe o direito a um espaço saudável.
Se na cidade tudo acontece, e se para se aumentar a sua atractividade se pretende fazer a festa, é preciso que ela se faça no sítio certo, com peso e medida.
A Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro, que define as atribuições e competências das autarquias locais), estabelece que é «igualmente da competência dos órgãos municipais: a) Participar na fiscalização do cumprimento do Regulamento Geral sobre o Ruído».
Ora, não pode a Câmara Municipal, directa ou indirectamente, ser ela própria a promotora de actividades com níveis de ruído elevados, e, desse modo, incumprir o Regulamento Geral do Ruído, auto-justificando tal facto com o interesse de animar a cidade.
A vocação balnear da Póvoa de Varzim deve em primeiro lugar oferecer repouso e saúde.
As actividades de lazer são bem vindas se enquadradas devidamente neste contexto.
As actividades de lazer são bem vindas se enquadradas devidamente neste contexto.
11 Comments:
Tantos anos de esforço para afirmar a Póvoa do turismo e do lazer. Que se esfumam numa frase, no mínimo, suicidária!
Veja-se por que prisma for, isto é uma aberração. Começa-se por presentear os visitantes com barulho. Quando estes se queixam, são convidados a procurar outro destino. Dá, mais uma vez, uma imagem desconexa, desarticulada, desnorteada, da actual vereação. Que, aparentemente, começa a ver inimigos em todo o lado. Agora, até nos turistas por que se esforçou durante anos por captar.
Tudo leva a crer que Aires Pereira não nasceu para marketeer...
Está comprovado! A Póvoa NÃO é um destino turístico!
Quem escolhe (ou tem escolhido) a Póvoa para passar férias quer as suas praias e os benefícios da água do mar, e quer DESCANSO. Para não terem que aguentar o ruído que incomoda, nos locais menos adequados, talvez tivessem preferido ficar nas suas terras.
O vereador do Turismo, com novas ideias(?!), e apadrinhado pelo vice-presidente da Câmara, está a repudiar os visitantes. É a actual política da nossa Câmara, a tal que NÃO cumpre a Lei do Ruído, antes o promove!
Se ao menos a qualidade da água do mar fosse boa...
caro arq. silva garcia:
mais uma vez me dirigo a si para poder partilhar os meus pensamentos e preocupações...
nesta ultima semana vi na imprensa nacional o nome da povoa ser enxovalhado devido à interdição das nossas praias...
acho VERGONHOSO que uma cidade que se diz capital da cultura e do lazer tenha a praia interditada por causa da poluição provocada pelos esgotos lançados sem qualquer tratamento...
é uma vergonha que a câmara gaste milhoes que são de todos nós em obras de fachada que servem apenas para satisfazer os interesses dos amigos que lhes pagam as eleições, ou para receberem mais um apartamento, uma quinta ou mais uns trocos para comprarem mais um carrito desportivo...
em vez de gastaram o que é de todos em proveiro proprio ou de alguns deviam fazer aquilo que nesta altura é mais importante: a contrucção da ETAR.
isso sim é prioritário... de que serve ter saneamento no concelho, se depois de despeja tudo no mar, que vai poluir as nossas praias que nos trazem milhares de turistas?
sr. arq.:
faça um favor a todos os poveiros, exija que se apurem os culpados desta trapalhada, das analises, do roubo das placas e sei mais de quê...
exija a demissão dos responsaveis, principalmente desse sr que diz eng, que se acha mais inteligente do que os génios, e que é o responsavel pelo pelouro do ambiente...
exija que esse senhor se demita ou seja demitido, uma vez que quem é responsavel pelo ambiente é o maior responsavel por esta catastrofe...
mais uma vez se provou a incompetência desse vereador...
para bem da povoa, corra com esse senhor, mande-o para ponte de lima ou para qualquer outro sitio longe da nossa cidade... é um favor que nos faz...
Ruído é animação
Vocifera o "inteligente"!...
Sua "alma" é um carrilhão
Seu "badalo"... o presidente!...
O CÃO DO GARCIA
Ontem à noite o Cão do Garcia estava a passear pela baixa da Póvoa. Em plena Av. Mouzinho de Albuquerque, esse grande cão fez as suas necessidades, à descarada, ali mesmo no meio, contra uma árvore.
Mas que grande cão.
A minha pergunta é, onde para a Polícia Municipal nestas alturas? Afinal há ou não coimas para aplicar nestes casos?
Mas que grande cão.
De facto, na vida a um anónimo tudo é possível…
Numa cidade onde diariamente se faz gincana nos passeios, em indispensável fuga a dejectos de canídeos, é motivo de perplexidade ver que um hominídeo escondido na sombra do anonimato haveria de escolher para implicar, justamente uma das raras pessoas que, por estas bandas, tem um cão há dez anos e que há dez anos tem o cívico hábito de apanhar do chão os carolos que o cão faz!
E que, para isso, reutiliza sacos de plástico dos supermercados…
De facto, na vida a um anónimo tudo é possível…até permanecer escondido, enquanto tenta conspurcar a dignidade de outrem, à míngua de outras razões!
É tudo uma questão de coluna vertebral! E há quem, decididamente, não a tem!
J.J.Silva Garcia
Quanto ao ruido, estamos numa cidade turística. Só se queixa do ruido quem está ruído de inveja do enorme número de iniciativas que a câmara e outras entidades promovem.
Se não houvesse nada, vinham para aqui criticar que não havia nada. Como há muita animação aparecem aqui a criticar o "excesso" de animação.
Vá-se lá entender estas pessoas...
Os ps pevaram uma bela resposta no último debate da R Onda Viva, no sábado passado.
Senhor JJ, tenha a coragem e publique este comentário. Se o ler bem, vai ver que nada estou a insultar. É só uma opinião. Diferente da sua, é certo, mas é a minha humilde opinião.
Problemas ambientais denunciados pelo PSD são desmentidos pela câmara
Autarquia garante qualidade da água
Depois de a coligação «Sentir Vila do Conde» ter acusado a autarquia pela falta de qualidade da água e falhas ao nível ambiental, a câmara vem desmentir tais falhas num comunicado intitulado «Realidade Ambiental em Vila do Conde». “Má fé”, diz a autarquia.
Liliana Leandro
A coligação «Sentir Vila do Conde» anunciou, na passada semana, uma série de propostas que serão apresentadas em reunião de câmara. A oposição denunciou a necessidade de um plano de emergência para problemas ambientais, acusando a autarquia pela baixa qualidade da água das praias. As soluções passariam pela construção de redes de saneamento em várias freguesias para potenciar a ligação das mesmas à ETAR de Leça da Palmeira, pela criação de uma linha verde para recolha de resíduos, entre outras acções de sensibilização.
Perante isto, a autarquia já se manifestou, desmentindo as críticas da coligação, a qual acusa de “falta de rigor”. Assim, e no que concerne às praias, refere o comunicado da autarquia que “o trabalho desenvolvido no âmbito do Programa Polis de Vila do Conde permite obter, agora, resultados da qualidade das zonas balneares Frente Urbana Norte e Frente Urbana Sul classificados como boa”.
Ainda, “acresce que o trabalho desenvolvido nas redes de água e saneamento nas freguesias de Árvore, Azurara, Mindelo, Vila Chã e Labruge com ligação já efectuada à ETAR de Leça da Palmeira, traduz-se nos excelentes resultados obtidos nas análises das zonas balneares de Mindelo, Vila Chã e Labruge”. Quanto a acções, refere o comunicado que já existe um número de telefone para “pedidos de informação e de recolha de trastes velhos”
que conta já com cerca de 700 chamadas.
Por fim, e no que ao concurso para Concessão de Exploração e Gestão de Sistemas de Abastecimento de Água para Consumo Público, Recolha, Tratamento e Rejeição de Efluentes no Concelho de Vila do Conde diz respeito, e sobre o qual a oposição se mostrou contra, refere o comunicado que “as obras de instalação de condutas de água e saneamento vão acontecendo um pouco por todo o concelho” e que “o contrato de concessão estará para muito breve”, garantindo “a cobertura total do concelho”.
Ruído por roído, já não me espanta que tenha por aqui aparecido um "humilde anónimo" denunciando que uma provável malfeitoria do cão de Silva Garcia. É ruído, nada mais. Só que Silva Garcia, benevolente, lá recindiu em publicar mais uma "malfeitoria" que só este anónimo viu. E só ele, e os da sua anónima confraria veêm. Eu, que vejo muitas vezes o tal cão a puxar o arquitecto Silva Garcia, também tenho visto o Aquitecto a, zelosamente, apanhar os presentes que o cão expele. E são apanhados, usando os tais sacos de plástico dos supermercados. Agora é estranho, que este anónimos que veêm o arquitecto, não vejam os altos quadros da Câmara, mesmo podendo usar sacos pagos por todos nós, deixarem que os seus cãezinhos borrem os passeios, e mais grave, infectem os jardins, deixam lá os presentes para as criancinhas e os incautos. Mas isso não são visões que molestem a senibilidade dos anónimos que humildemente reclamam com soberba desfaçatez. Quanto ao ruído na cidade,a Póvoa tem os ruídos que merece, ou não seja uma cidade de veraneio. Embora nada justifique a má criação e estupidez de Aires Pereira.
Concordo plenamente com o comentário do Pedro Castro.
Quem quer silêncio que vá viver para uma aldeia. Não há fronteiras, cada um é livre de escolher onde se sente melhor a viver.
Quem está mal com o ruido da cidade porque escolher morar lá?
Vivemos num país livre. Quem não está bem, que se ponha bem.
Acho bem que na cidade haja muito barulho. Silêncio é na aldeia.
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