12 setembro 2006

CULPA



Talvez Bin Laden exista e talvez tenha dito em 2001:
Fizemos um cálculo aproximado das vítimas e, de todos, eu era o mais optimista”.
No dia 11 de Setembro quatro aviões desviados e pilotados por terroristas suicidas provocaram 2.700 mortos nos Estados Unidos.
Filmes alusivos, reportagens, debates, intervenções de todo o tipo lembram o quinto aniversário da sórdida acção.

Choramos as vítimas enquanto procuramos compreender factos e entrelinhas num emaranhado de contradições e pontos em cruz por explicar… (cf. Loose Change I e Loose Change II)

O Presidente Truman existiu e disse em 1945:
Se eles não aceitarem as nossas condições podem esperar uma chuva de ruínas como nunca foi visto na terra”.
No dia 6 de Agosto de 1945,
uma bomba atómica chamada “Little Boy” foi lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima.
Estimativa: 140.000 mortos.
Três dias depois, uma bomba atómica grotescamente chamada “Fat Man” foi lançada sobre Nagasáqui. Estimativa: 39.000 vítimas imediatas e mais 75.000 das radiações.
Até hoje, não se sabe ao certo quantos mortos, mortos vivos, estropiados, cancerosos, queimados, geneticamente mudados, as bombas provocaram.
Talvez 300.000 vítimas, a maioria civis.
O aniversário passou este Agosto, sem um arrepio.
Já todos se esqueceram do maior genocídio da história da humanidade disfarçado de acto de guerra, com nomes cómicos nas bombas.

Não é possível aceitar sem questionar.
Independentemente da verdade definitiva, o 11 de Setembro é um dos quadros de terror que representa para nós, no século XXI, a garra da barbárie.
Mas, como esquecer a ruína caída do céu anunciada por Truman nos exactos termos em que um Bin Laden (que antes fora treinado pelos americanos para combater os soviéticos no Afganistão…) anunciou a catástrofe que se abaterá sobre a cabeça da América, se não aceitar as “condições dele”?

Não pretendo fazer comparações. Nenhum assassínio se justifica, nem o terror é tolerável. Simplesmente contamos melhor os nossos mortos do que os mortos dos outros!

Por isso, também é preciso chorar os mortos no Iraque, na Palestina e em todos os lugares onde a hipocrisia anda à rédea solta!

Quando agora se fala do Irão, é bom não esquecer que foram os Estados Unidos da América o único país, até hoje, a utilizar a bomba atómica em tempo de guerra! O facto de ser uma Democracia, não impediu o governo americano de provocar um genocídio!
A questão não é se o Irão deve ou não ter a bomba atómica. A questão é que ninguém a deve possuir.
O desarmamento é preciso! Em nome da Humanidade e do Bem Comum!
Danem-se os interesses da milionária indústria da guerra e do controlo agiota dos recursos petrolíferos!
A propósito, quem matou Jonh F.Kennedy?

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei do seu texto. O "eixo do mal", também é constituído por países democratas, que em nome do bem comum (seja lá o que isso for) aniquilam tudo e todos, não apenas com bombas, mas com embargos, proteccionismos impeditivos de países pobres se desenvolverem, enfim...
Quando o Irão desenvolver as sua bomba atómica, será apenas mais um país. Naquela zona, com alcance de Irão estão: China, Rússia, India Paquistão e Israel. Não me parece que o irão queira usar a bomba, sabendo que as represálias são uma realidade.
Esta arma pretende funcionar, como ameaça a eventuais ataques,contra a cultura islamica.

12 setembro, 2006 11:19  
Blogger Peliteiro said...

Caro Silva Garcia, concordo com tudo menos com a alusão ao execrável Loose Change; isso são tretas para ovnilogistas ou cientologistas... Ou Soaristas (que vergonha o debate de ontem no Prós, Mário parecia um taxista, um inspector Varatojo, e o Pacheco lá se esforçou por contra-argumentar contra o vazio).

12 setembro, 2006 13:47  
Blogger renato gomes pereira said...

JJ .. as questões filosóficas que hoje pões já eu as colocava em Angola com pouco mais de 14 anos, quando de longe a longe os helicopteros das FAP(forças armadas portuguesas) sobrevoavam a minha casa em Luanda directos ao Hospital Militar...
Mais tarde percebi que até na guerra existem regras, e convenções...
Achava inicialmente absurdo que so povos tiessem regulamentado o modo legal e ilegal de fazer uma guerra..o uso possivel de umas e outras armas e aproibição de armas quimicas ou de meios civis... etc. etc...

O caso do !! de setembro trata-se de TERRORISMO PURO e não Declaração de Guerra...
Não tem sequer comparação o uso nuclear indiscriminado com as investidas do bin laden...pearl harbour ou hiroxima e nagazaky, são consequências de uma guerra ente duas nações...os EEUU e o Japão! O exterminio dos Judeus nos campos de concentração nazi não eram actos de guerra, mas de puro terror...Hoje ainda se luta no médio oriente com as regras nazi-fascistas aliadas ás ideias semeadas pela alemanha de leste e a ex união sovoética e as suas policias secretas.. esse é que é o velho problema...

13 setembro, 2006 09:19  
Blogger José Leite said...

A culpa dizem que morreu solteira. Acho que a História Universal procura demonstrar o contrário, para que se julguem os culpados. Bin Laden e seus sequazes são a perfídia na sua demencia suprema. Bush e seus acólitos têm motivações para a auto-defesa mas correm o risco de serem acusados de excesso de legítima defesa e de falta de caução jurisdicional para os seus arbítrios (falta de autorização da ONU é violação do direito internacional).
Mas comparar Bin Ladem a Bush é uma aberração!

13 setembro, 2006 10:24  
Anonymous Anónimo said...

Rouxinol

Comparar Bin Laden a Bush poderá ser uma aberração se o primeiro não for, de facto, uma criação do segundo!

A verdade, é que cada vez há mais indícios de que Bin Laden - se é que existe - não passa de uma criatura do imperialismo que se esconde nas distorções da Democracia americana.

Pedro Bandeira

13 setembro, 2006 12:37  
Blogger renato gomes pereira said...

Bom! segundo algumas versões Bin Lade foi criado pela Mossad israelita...foi assim uma espécie de Rambo..para acabar com aOLP eoutras organizações terroristas.. há quem diga que o Hezbollah- partido de deus foi uma criação da mesmma mossad e bin laden o seu principal mentor.. AQcredito que seja verdade dada afamiliaridade saudita do Clan laden e dos interesses capitalistas deles nos States e em Riad...Mas os interesses económicos mudam ou a proposta do adversário foi mais atractiva e /ou os interesses secretossempre estiveram na base do Agente duplo que era Bin Laden... Francamente gostaria de ver u livro escrito com a verdadeira versão do Próprio Bin Laden...
Morto Bin Ladem não interessa para nada... è preciso que ele esteja vivo...Morto será transformado nu heroi dos adversários do Mundo Ocidental...

"Hoje o inimigo almoça connosco!"

13 setembro, 2006 12:49  
Anonymous Anónimo said...

Cá Fico

Percebes aquela de que Bin Laden pode muito bem ser uma personagem de ficção científica criada pelos falcões para justificar o seu belicismo?

13 setembro, 2006 13:28  
Blogger renato gomes pereira said...

Não! O Bin Laden é bem real! Se foi ele ou não a deitar ou a congeminar a queda das Twin Towers isso já não discuto! Acho que o BiNladen só por ele não tinha nem tem arcaboiço para tal...Uma acção daquela envergadura tem que passar forçosamento por malas diplomáticas...
De resto para um Leitor assiduo das Selecções do Readers Digest antes delas se assemelharem à SputniK soviética( na sua versão "lisboeta") mesmo antes do 11 de setembro já o FBI investigava os terroristas árabes.. pois já houveram interceptado atentados e alguns até aconteceram em prédios de Nova Iorque... Não era coisa que osserviços de informação e segurança desconhecessem.. e salvo errro era dos "libios de kadaffi que mais desconfiavam".. Agora novidade era utilizaremaviões econgeminarem atentados com apresição tecnológica eosefeitos secundários...Penso que o bin laden não tinha "cerebros" nem influ~encia para tal...

Alguém mais poderoso tinha de estar por trás...

E estou convicto que os States sabem quem...

13 setembro, 2006 14:33  
Blogger José Leite said...

Pedro Bandeira:

De facto, Bin Laden é um sub-produto desse nefando imperialismo que arma Saddam, Noriega e outros
exemplares autocráticos e belicistas. Contudo, se bem me lembro, o próprio Sadam só foi armado para ser um contra-poder ao fundamentalismo de Teerão. No início era o "mal menor", tal como aconteceu com Bin Laden, aquando da "libertação" do Afeganistão. Depois... Depois é que a "porca torceu o rabo"!!!...

13 setembro, 2006 16:31  
Anonymous Anónimo said...

Porque será que o proprietário do WTC fez dois seguros multimilionários das torres, um dos quais para a eventualidade de ataques terroristas, precisamente uns dias antes do ataque?

A notícia veio nos jornais americanos da altura.

13 setembro, 2006 18:13  

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