A UM MARX SEM KARL
MARX
Confesso alguma admiração com a oposição até aqui feita por Silva Garcia ao executivo da CMPV. Tendo este blog e alguns outros locais como fornecedores do noticiário autárquico, vejo esta «alternativa» a apresentar insuspeitadas fragilidades. Desde logo, na forma como ataca as questões que considera prioritárias para o Município. Dou, a seguir, apenas alguns exemplos.
1) A postura. Por mais problemática que seja a convivência com a maioria, é um erro crasso apelidar de Caudilho o presidente da Câmara. Para além de uma qualificação objectivamente errada, é deselegante. Na minha perspectiva, muito mais ainda para Silva Garcia. Goste-se ou não, foi este o escolhido pelo Povo. O mesmo Povo que escolheu Garcia para fazer oposição.
SG
Caudilho significa chefe militar, mas a expressão entrou na história graças a ditadores como Franco, exprimindo uma postura totalitária. Na sua asserção popular significa “Manda Chuva”. Um e outro significado revelam a mesma essência, a de uma atitude de arrogância e de falta de respeito pelos outros.
É isso que se tem lido sucessivamente na postura do Presidente. Não é ele que se repete até à exaustão que quem ganhou as eleições foi ele, que ele é que determina a acção e o tempo de agir? ´
O termo “Caudilho” tem uma carga semântica insuportável. Mas, insuportável mesmo é o exercício político que, à sombra da democracia representativa, tem todos os tiques antigos, que vão do azedume à intolerável tirania.
Sabia, por exemplo, que nenhum dos Vereadores da Oposição pode pedir uma informação directamente a um funcionário da Autarquia? Que, numa deriva democrática, o Presidente se serve de uma ambiguidade da Lei para não autorizar os funcionários municipais a fornecer-nos qualquer informação? E que, para a obter – por mais elementar e simples que seja – um Vereador da Oposição tem que o requerer por escrito ao próprio Presidente? E que este responde o que quer e quando quer, porque, mesmo que obrigado a fazê-lo pelo Estatuto da Oposição, pela Lei de Acesso aos Documentos Administrativos ou pelo Código do Procedimento Administrativo, não sofre nenhuma sanção se não o fizer? E sabia que Macedo Vieira usa e abusa deste expediente?
A utilização da denominação “Caudilho” é simbólica. O excesso não está no termo, mas na postura do Presidente que, insistindo no insulto gratuito e soez, clama pelo símbolo e fica a léguas da elegância.
Assim, Marx, não deixa de ser interessante que haja mais preocupação com o símbolo do que com aquilo que o motiva.
A actual lei eleitoral das autarquias locais determina a existência de Executivos pluripartidários que expressem as diversas sensibilidades da comunidade e dêem voz aos vários projectos políticos que emanam do seio do Povo. É minha convicção que este modelo está certo, apesar dos desvios de que tem sido alvo. E acredito que, mesmo com maiorias absolutas, poderia constituir-se numa oportunidade de juntar sinergias num espaço de cooperação, se os protagonistas tivessem uma atitude mais responsável e séria.
Em coerência, tenho a consciência tranquila. Sei bem o que tenho feito para tentar o encontro, mais do que fomentar o desencontro, o que não significa ter que consentir caprichos e impertinências e não reagir.
Ora, o Povo escolheu Macedo Vieira Presidente. Mas também escolheu Silva Garcia para fazer Oposição. Como fazer Oposição? O meu propósito, desde o inicio do mandato, tem sido contribuir para os consensos sempre que possível e fazer rupturas apenas quando inevitável.
Em oito meses, isto tem-se traduzido na apreciação séria e objectiva das propostas levadas à Câmara pelo PSD – e que, na sua maior parte temos aprovado.
Mas a nossa intervenção tem-se materializado também na produção de mais de 50 Declarações, mais de uma vintena de Propostas e de Recomendações concretas e inúmeras dispersas no âmbito das análises dos documentos levados a reunião do Executivo.
Quando rejeitamos uma proposta do PSD, justificamo-lo com fundamentos ao mesmo tempo que apresentamos quase sempre alternativas.
A simples consulta das Actas das Reuniões de Câmara comprova esta dinâmica que, para ser desenvolvida, nos ocupa muito do tempo da nossa vida familiar e profissional, ao contrário dos Vereadores do PSD, que estão na Câmara a tempo inteiro e, para tal, auferem uma remuneração mensal e ajudas de custos.
Ora, o mínimo que se poderia esperar de quem é autarca profissional é que, analise e atenda com igual respeito as preocupações, as recomendações e as propostas feitas pelos Vereadores da Oposição.
Desconheço o texto do projecto para alteração da lei eleitoral autárquica, mas, tanto quanto se diz, o PS defende a formação de Executivos monocolores. Compreendo a ideia, mas, com os dados de que disponho e diante das experiências que conheço, tenho dúvidas quanto às suas alegadas vantagens. Vejo, antes, mais inconvenientes. Sobretudo se não forem criados instrumentos e meios que assegurem a fiscalização do exercício do poder com eficácia objectiva. Preferia, antes, que se introduzissem mecanismos correctivos e de responsabilização, que se eliminassem os vazios legais que servem o livre arbítrio, e sempre que há livre arbítrio naquilo que é comum acontece a seguir algum desastre.
Apesar da existência de outra força política no Executivo, o exemplo concreto da Póvoa é obviamente elucidativo de como funcionaria um Executivo monocolor: autismo, arrogância, falta de informação, ausência de debate, falta de transparência, maniqueísmo.
Em coerência, tenho a consciência tranquila. Sei bem o que tenho feito para tentar o encontro, mais do que fomentar o desencontro, o que não significa ter que consentir caprichos e impertinências e não reagir.
Ora, o Povo escolheu Macedo Vieira Presidente. Mas também escolheu Silva Garcia para fazer Oposição. Como fazer Oposição? O meu propósito, desde o inicio do mandato, tem sido contribuir para os consensos sempre que possível e fazer rupturas apenas quando inevitável.
Em oito meses, isto tem-se traduzido na apreciação séria e objectiva das propostas levadas à Câmara pelo PSD – e que, na sua maior parte temos aprovado.
Mas a nossa intervenção tem-se materializado também na produção de mais de 50 Declarações, mais de uma vintena de Propostas e de Recomendações concretas e inúmeras dispersas no âmbito das análises dos documentos levados a reunião do Executivo.
Quando rejeitamos uma proposta do PSD, justificamo-lo com fundamentos ao mesmo tempo que apresentamos quase sempre alternativas.
A simples consulta das Actas das Reuniões de Câmara comprova esta dinâmica que, para ser desenvolvida, nos ocupa muito do tempo da nossa vida familiar e profissional, ao contrário dos Vereadores do PSD, que estão na Câmara a tempo inteiro e, para tal, auferem uma remuneração mensal e ajudas de custos.
Ora, o mínimo que se poderia esperar de quem é autarca profissional é que, analise e atenda com igual respeito as preocupações, as recomendações e as propostas feitas pelos Vereadores da Oposição.
Desconheço o texto do projecto para alteração da lei eleitoral autárquica, mas, tanto quanto se diz, o PS defende a formação de Executivos monocolores. Compreendo a ideia, mas, com os dados de que disponho e diante das experiências que conheço, tenho dúvidas quanto às suas alegadas vantagens. Vejo, antes, mais inconvenientes. Sobretudo se não forem criados instrumentos e meios que assegurem a fiscalização do exercício do poder com eficácia objectiva. Preferia, antes, que se introduzissem mecanismos correctivos e de responsabilização, que se eliminassem os vazios legais que servem o livre arbítrio, e sempre que há livre arbítrio naquilo que é comum acontece a seguir algum desastre.
Apesar da existência de outra força política no Executivo, o exemplo concreto da Póvoa é obviamente elucidativo de como funcionaria um Executivo monocolor: autismo, arrogância, falta de informação, ausência de debate, falta de transparência, maniqueísmo.
MARX
2) O (aparente) desconhecimento das regras. Salvo algumas excepções, as maiorias estão legitimadas para exercer o poder por si mesmas. Isto é, definem elas mesmas como hão-de governar. Qual a sua «Estrutura Pensante» e qual a sua «Agenda Política». Ora, estas evidências têm sido insistentemente contestadas pelo Arq. neste blog!?
SG
Nunca coloquei em causa a legitimidade democrática do PSD, decorrente do resultado eleitoral, para liderar o Executivo! Mas, a legitimidade democrática não pode sobrepor-se à legitimidade legal, nem pode viver à margem da legitimidade que decorre da fundamentação técnica das decisões.
Uma coisa é a “Agenda Política”. O PSD tem todo o direito de governar de acordo com a sua. Mas, à Oposição não pode ser vedado o direito de ter a sua própria “agenda”. O ideal é que ambas se encontrem o mais possível num concerto de soluções, mas a Oposição não pode ser refém da Maioria.
Outra coisa bem diferente é a composição da Ordem do Dia em cada reunião do Executivo. Aí, a Lei das Autarquias Locais, no Artigo 87.º, é inequívoca: qualquer membro da Câmara pode incluir na Ordem do Dia o assunto que entender, desde que a substância seja da competência da Câmara e seja apresentada por escrito, cinco dias antes da reunião do Executivo! Não há oportunidade nem discricionariedade que justifique um procedimento em contrário. A vitória em eleições não dá o direito a quem ganha de governar à margem da Lei.
Em todo o caso, não é politicamente saudável recusar uma ideia ou uma proposta só porque vem da Oposição, desfraldando o preconceito partidário e alegando que a vitória em eleições confere a exclusividade de apresentar propostas e de ditar o tempo em que as coisas se fazem. A Maioria PSD tem escolhido este extremo da mesma rua. Nós entendemos que seria mais inteligente e útil envolver todos na procura e na construção de soluções, em vez de, sistematicamente, agredir e acantonar quem tem personalidade e opinião!
A Câmara Municipal é um órgão colegial, onde todos os membros que a integram têm direito a fazer ouvir a sua voz. A voz, associada às ideias e convicções de cada um, é que torna dinâmica a Câmara como Estrutura Pensante. E o que se pretende com esse conceito, senão um espaço de reflexão e de debate político de onde emanem as orientações para que a Estrutura Operacional execute?
Um exemplo de como tornar isto viável. Quando, há um mês atrás, decidimos avançar com a Proposta do Programa e Regulamento de Apoio à Pequena Obra (que terei todo o gosto de enviar a quem estiver interessado em conhecer ao pormenor – basta que indique o respectivo endereço), primeiro contextualizamos as situações alvo, historiamos a prática municipal do passado recente, identificamos os instrumentos existentes e localizamos o vazio legal e instrumental existente na Câmara da Póvoa. Depois definimos e apresentamos em reunião de Câmara pública as Linhas Gerais da Proposta (nada fizemos à socapa, como pretende o Presidente…). Nessa reunião convidamos os Vereadores do PSD a estudar a nossa proposta e a apresentar contributos para o seu enriquecimento. A seguir enviámo-la para todas as Juntas de Freguesia e às IPSS do Concelho (parceiros privilegiados num processo de apoio a famílias carenciadas), bem como a todos os Partidos Políticos (ao PSD, ao PCP, ao CDS-PP e ao BE). Finalmente, no estrito e exemplar cumprimento das normas legais, solicitamos o seu agendamento para a última reunião pública da Câmara. Em vão, o Presidente, num exemplar gesto de Caudilho, desafiando a Lei e a sã convivência democrática não inclui a Proposta na Ordem do Dia!!!
Em todos os momentos dissemos que, mais importante que ser uma Proposta do PS, era que ela se transformasse numa proposta sem dono, numa proposta de todos!
A final, por causa da reacção preconceituosa do Presidente e do PSD, é agora uma mera proposta adiada.
Quem poderia ter ganho com a sua materialização, continua a fazer parte dos excluídos da atenção política, porque ao Presidente e à maioria interessou muito mais gritar que são eles que mandam!
Enfim, se a postura fosse outra, hoje estávamos a preparar a versão para consulta pública como determina a Lei. A seguir analisaríamos os contributos que daí resultassem, integraríamos os que fossem pertinentes e submeteríamos a versão final à Assembleia Municipal que, aprovando-a, criaria a condição última para que viesse a ser publicada no Diário da República e passasse a ter um efeito positivo na vida das pessoas.
Nunca coloquei em causa a legitimidade democrática do PSD, decorrente do resultado eleitoral, para liderar o Executivo! Mas, a legitimidade democrática não pode sobrepor-se à legitimidade legal, nem pode viver à margem da legitimidade que decorre da fundamentação técnica das decisões.
Uma coisa é a “Agenda Política”. O PSD tem todo o direito de governar de acordo com a sua. Mas, à Oposição não pode ser vedado o direito de ter a sua própria “agenda”. O ideal é que ambas se encontrem o mais possível num concerto de soluções, mas a Oposição não pode ser refém da Maioria.
Outra coisa bem diferente é a composição da Ordem do Dia em cada reunião do Executivo. Aí, a Lei das Autarquias Locais, no Artigo 87.º, é inequívoca: qualquer membro da Câmara pode incluir na Ordem do Dia o assunto que entender, desde que a substância seja da competência da Câmara e seja apresentada por escrito, cinco dias antes da reunião do Executivo! Não há oportunidade nem discricionariedade que justifique um procedimento em contrário. A vitória em eleições não dá o direito a quem ganha de governar à margem da Lei.
Em todo o caso, não é politicamente saudável recusar uma ideia ou uma proposta só porque vem da Oposição, desfraldando o preconceito partidário e alegando que a vitória em eleições confere a exclusividade de apresentar propostas e de ditar o tempo em que as coisas se fazem. A Maioria PSD tem escolhido este extremo da mesma rua. Nós entendemos que seria mais inteligente e útil envolver todos na procura e na construção de soluções, em vez de, sistematicamente, agredir e acantonar quem tem personalidade e opinião!
A Câmara Municipal é um órgão colegial, onde todos os membros que a integram têm direito a fazer ouvir a sua voz. A voz, associada às ideias e convicções de cada um, é que torna dinâmica a Câmara como Estrutura Pensante. E o que se pretende com esse conceito, senão um espaço de reflexão e de debate político de onde emanem as orientações para que a Estrutura Operacional execute?
Um exemplo de como tornar isto viável. Quando, há um mês atrás, decidimos avançar com a Proposta do Programa e Regulamento de Apoio à Pequena Obra (que terei todo o gosto de enviar a quem estiver interessado em conhecer ao pormenor – basta que indique o respectivo endereço), primeiro contextualizamos as situações alvo, historiamos a prática municipal do passado recente, identificamos os instrumentos existentes e localizamos o vazio legal e instrumental existente na Câmara da Póvoa. Depois definimos e apresentamos em reunião de Câmara pública as Linhas Gerais da Proposta (nada fizemos à socapa, como pretende o Presidente…). Nessa reunião convidamos os Vereadores do PSD a estudar a nossa proposta e a apresentar contributos para o seu enriquecimento. A seguir enviámo-la para todas as Juntas de Freguesia e às IPSS do Concelho (parceiros privilegiados num processo de apoio a famílias carenciadas), bem como a todos os Partidos Políticos (ao PSD, ao PCP, ao CDS-PP e ao BE). Finalmente, no estrito e exemplar cumprimento das normas legais, solicitamos o seu agendamento para a última reunião pública da Câmara. Em vão, o Presidente, num exemplar gesto de Caudilho, desafiando a Lei e a sã convivência democrática não inclui a Proposta na Ordem do Dia!!!
Em todos os momentos dissemos que, mais importante que ser uma Proposta do PS, era que ela se transformasse numa proposta sem dono, numa proposta de todos!
A final, por causa da reacção preconceituosa do Presidente e do PSD, é agora uma mera proposta adiada.
Quem poderia ter ganho com a sua materialização, continua a fazer parte dos excluídos da atenção política, porque ao Presidente e à maioria interessou muito mais gritar que são eles que mandam!
Enfim, se a postura fosse outra, hoje estávamos a preparar a versão para consulta pública como determina a Lei. A seguir analisaríamos os contributos que daí resultassem, integraríamos os que fossem pertinentes e submeteríamos a versão final à Assembleia Municipal que, aprovando-a, criaria a condição última para que viesse a ser publicada no Diário da República e passasse a ter um efeito positivo na vida das pessoas.
MARX
3) A estratégia política. Que, a meu ver, tem dado mostras de excessivamente palaciana. Quer o discurso quer a energia da «sua» oposição têm estado direccionadas «para dentro». Para os salões. Do executivo municipal, da respectiva Assembleia e, porventura, das reuniões partidárias, encontros de café, etc. Ora, o simples munícipe, que não se move nestes locais, não tem meios de percepcionar esta «alternativa».
SG
Gostaria de ter tempo para frequentar todos os lugares do concelho. Mas, para alguém que não é profissional da política, nem autarca profissional, essa é uma tarefa difícil de cumprir. É um caminho que se vai calcorreando, que se vai conciliando com o resto, e o resto, neste caso, é ter que trabalhar para viver e participar da vida familiar.
Uma forma de o fazer era escrever a minha opinião nos jornais locais. Fi-lo durante muitos anos. Curiosamente, depois de ter sido eleito, o jornal onde escrevia – por motivos de uma linha editorial que respeito, mas com a qual não concordo – entendeu retirar-me o espaço que antes me concedia.
De algum modo, este Blog cumpre esse desiderato, mas a minha intenção nunca foi, nem é fazer dele um prolongamento da acção do Vereador da Oposição, embora seja inevitável abordar aqui algumas questões relacionadas com essa acção.
MARX
4) A falta de rigor e transparência. Mantêm-se, nesta «alternativa», o mais estafado tique de qualquer oposição (ou poder) instituído: o maniqueísmo. Tudo o que eles dizem é mau, só porque provém deles. Daí as mensagens, quase sempre, muito pouco subliminares: «O parque subterrâneo deles é péssimo. Os nossos autocarros é que seriam bons!» Quanto à informação para os eleitores…Nickles! Pergunto eu: para quando prevêem as partes apresentar aos munícipes, que os elegeram a ambas, os respectivos business plan? Da bonomia e/ou pioria do parque subterrâneo e do alternativo sistema público de transportes, por exemplo?
SG
Não é verdade que esteja refém do tique maniqueísta. Basta olhar as nossas intervenções na Câmara (v. Declarações de Voto) para confirmar que temos total abertura ao que vem do outro lado. Ao ponto de, de algumas críticas devidamente fundamentadas conviverem no mesmo texto com o louvor a uma determinada iniciativa e a sua aprovação. Foi ainda recentemente o caso da adesão da Câmara da Póvoa ao Sistema Multimunicipal Águas do Ave, com vista a – ao de 30 anos – se tentar resolver definitivamente o tratamento de águas residuais que, no nosso concelho, tem uma cobertura de 5,5%!
Maniqueísmo sim, objectivo e inequívoco, é o que tem estado na base das intervenções da maioria PSD, a par da sua incomensurável necessidade de lembrar permanentemente o resultado eleitoral, o que, em si mesmo e em simultâneo com a agressividade e a prática do insulto à Oposição, desmente a alegada serenidade que deveria resultar de uma tão clara vitória!
Quanto aos autocarros e ao papel insubstituível dos transportes públicos numa estratégia de mobilidade sustentável, esse poderia ser um ponto de convergência a estimular. Faz parte de ambos os Programas Eleitorais, foi objecto da aprovação pelo PSD de uma proposta nossa para a criação de um Grupo de Missão com vista a estudar a sua criação e que, ao fim de 9 meses, continua por se concretizar… A nossa convicção é que a sua implementação prioritária demonstraria a falta de bondade do parque da Mouzinho!
Quanto a este, fizemos duas sessões públicas com imensa informação ainda durante o anterior mandato, eu próprio escrevi diversos artigos sobre a matéria, tentámos que a Câmara organizasse um debate público com exibição de estudos (que teima em não elaborar…), mas a nossa pretensão foi “chumbada”…
Em suma, temos apresentado argumentos com abundância...Nem sempre nos deram a atenção desejável, mas isso não é da nossa responsabilidade!
Valha-nos que, a um mês do anunciado início da obra do Parque da Mouzinho, até indefectíveis apoiantes de Macedo Vieira, como o Dr. Rogério Viana, vem reconhecer que não se trata de uma solução, mas antes um potenciador de problemas!
MARX
Daqui, pois, a minha aludida admiração. Nalguns casos, uma clara decepção. Era um outro tipo de oposição que imaginava a do Arq. Silva Garcia. Uma oposição virada para as coisas concretas. Justificando as diferenças. Esforçando-se por concretizar as alternativas. Sempre numa perspectiva de informação aos munícipes. Antes, até, como sua única justificação. Por isso deveria recusar e não reivindicar uma eventual entrada na «Estrutura Pensante» da Câmara. Tal como deveria abstrair-se de outras e esforçar-se por construir a sua própria «Agenda Política». Em ambos os casos, preferir virar-se para os munícipes. Mostrar a diferença. A «sua» diferença. Para quem o elegeu e também para quem não o fez. Ainda.
SG
Aqui está uma conclusão precipitada e injusta!
Alguns exemplos. Conseguimos baixar a taxa do IMI e 0,5 para 0,4. Será uma coisa abstracta que não interesse ao quotidiano das pessoas?
Conseguimos que o preço da água aumentasse apenas 2,3% em alternativa à intenção anunciada da maioria PSD de aumentar 7,5%. Conseguimos o congelamento da Tarifa de Salubridade, em alternativa ao aumento que a maioria PSD pretendia. Mas queríamos mais, que fosse reformulado o sistema de fornecimento de água que consideramos injusto. Propusemos, mais uma vez, a criação de um Grupo de Missão para tratar do tema. Em vão!
Tentámos o fornecimento gratuito de água aos idosos carenciados. Será outra medida abstracta? O PSD chumbou.
Tentámos uma campanha de estímulo à ligação dos sistemas privativos das habitações à Rede Pública de Saneamento, através da redução em 50% dos custos de ligação, procurando contrariar o sistema injusto hoje em vigor, que obriga os cidadãos ao pagamento de taxas calculadas de forma despropositada como a Maioria PSD reconheceu, mas nem por isso acedeu à alteração pretendida.
Diante do Caso Dourado e da perda de credibilidade do Poder Local dele decorrente, propusemos um Código de Ética. Sintomaticamente, a Maioria PSD votou contra!
As nossas diferenças estão à vista…
Desde logo ao entendemos a política como um serviço público, um espaço com valores éticos e morais, um espaço de rigor e exigência, com princípios e critérios de acção, e não como um mero exercício de eternas e repetidas acções casuísticas, propiciadoras de clientelas partidárias!
Por convicção e pela sua importância institucional e operacional, há três coisas que faria de imediato se fosse Presidente: respeitaria a Lei, dignificava a Oposição chamando-a a participar na reflexão e construção das políticas globais e sectoriais e reformulava o modo de funcionamento do Município dando-lhe também total transparência. Tudo o resto viria por arrastamento, com naturalidade.
De qualquer modo, muito do que penso consta no Programa Eleitoral do PS “Um novo ciclo, um novo olhar”, em que cuja redacção, como imagina, tive uma papel preponderante por razões óbvias.
Mas, a sua apreciação encerra uma certa contradição quando, por um lado coincide com o estratagema da maioria que, tendo ganho as eleições, entende que só ela deve governar, segundo uma agenda política e um calendário próprios, e, por outro lado, conhecendo os constrangimentos a que estamos votados, entende que devemos construir as nossas próprias propostas, apesar delas não avançarem por preconceito partidário do PSD ou porque o Presidente se dá ao luxo até de as não agendar, violando de forma grosseira e intolerável a Lei.
Construir uma proposta concreta – que não uma mera ideia – obriga a contextualiza-la juridicamente e no plano da capacidade financeira da autarquia, bem como relaciona-la com a estrutura operacional do Município. Demora tempo, obriga a trabalho. Sério e esforçado. A ouvir outras pessoas e aprender com outras experiências.
Não se faz isto como mero exercício académico! Faz-se com convicção e esforço. É que o vamos tentando, apesar de todas as barreiras…
MARX
3) A estratégia política. Que, a meu ver, tem dado mostras de excessivamente palaciana. Quer o discurso quer a energia da «sua» oposição têm estado direccionadas «para dentro». Para os salões. Do executivo municipal, da respectiva Assembleia e, porventura, das reuniões partidárias, encontros de café, etc. Ora, o simples munícipe, que não se move nestes locais, não tem meios de percepcionar esta «alternativa».
SG
Gostaria de ter tempo para frequentar todos os lugares do concelho. Mas, para alguém que não é profissional da política, nem autarca profissional, essa é uma tarefa difícil de cumprir. É um caminho que se vai calcorreando, que se vai conciliando com o resto, e o resto, neste caso, é ter que trabalhar para viver e participar da vida familiar.
Uma forma de o fazer era escrever a minha opinião nos jornais locais. Fi-lo durante muitos anos. Curiosamente, depois de ter sido eleito, o jornal onde escrevia – por motivos de uma linha editorial que respeito, mas com a qual não concordo – entendeu retirar-me o espaço que antes me concedia.
De algum modo, este Blog cumpre esse desiderato, mas a minha intenção nunca foi, nem é fazer dele um prolongamento da acção do Vereador da Oposição, embora seja inevitável abordar aqui algumas questões relacionadas com essa acção.
MARX
4) A falta de rigor e transparência. Mantêm-se, nesta «alternativa», o mais estafado tique de qualquer oposição (ou poder) instituído: o maniqueísmo. Tudo o que eles dizem é mau, só porque provém deles. Daí as mensagens, quase sempre, muito pouco subliminares: «O parque subterrâneo deles é péssimo. Os nossos autocarros é que seriam bons!» Quanto à informação para os eleitores…Nickles! Pergunto eu: para quando prevêem as partes apresentar aos munícipes, que os elegeram a ambas, os respectivos business plan? Da bonomia e/ou pioria do parque subterrâneo e do alternativo sistema público de transportes, por exemplo?
SG
Não é verdade que esteja refém do tique maniqueísta. Basta olhar as nossas intervenções na Câmara (v. Declarações de Voto) para confirmar que temos total abertura ao que vem do outro lado. Ao ponto de, de algumas críticas devidamente fundamentadas conviverem no mesmo texto com o louvor a uma determinada iniciativa e a sua aprovação. Foi ainda recentemente o caso da adesão da Câmara da Póvoa ao Sistema Multimunicipal Águas do Ave, com vista a – ao de 30 anos – se tentar resolver definitivamente o tratamento de águas residuais que, no nosso concelho, tem uma cobertura de 5,5%!
Maniqueísmo sim, objectivo e inequívoco, é o que tem estado na base das intervenções da maioria PSD, a par da sua incomensurável necessidade de lembrar permanentemente o resultado eleitoral, o que, em si mesmo e em simultâneo com a agressividade e a prática do insulto à Oposição, desmente a alegada serenidade que deveria resultar de uma tão clara vitória!
Quanto aos autocarros e ao papel insubstituível dos transportes públicos numa estratégia de mobilidade sustentável, esse poderia ser um ponto de convergência a estimular. Faz parte de ambos os Programas Eleitorais, foi objecto da aprovação pelo PSD de uma proposta nossa para a criação de um Grupo de Missão com vista a estudar a sua criação e que, ao fim de 9 meses, continua por se concretizar… A nossa convicção é que a sua implementação prioritária demonstraria a falta de bondade do parque da Mouzinho!
Quanto a este, fizemos duas sessões públicas com imensa informação ainda durante o anterior mandato, eu próprio escrevi diversos artigos sobre a matéria, tentámos que a Câmara organizasse um debate público com exibição de estudos (que teima em não elaborar…), mas a nossa pretensão foi “chumbada”…
Em suma, temos apresentado argumentos com abundância...Nem sempre nos deram a atenção desejável, mas isso não é da nossa responsabilidade!
Valha-nos que, a um mês do anunciado início da obra do Parque da Mouzinho, até indefectíveis apoiantes de Macedo Vieira, como o Dr. Rogério Viana, vem reconhecer que não se trata de uma solução, mas antes um potenciador de problemas!
MARX
Daqui, pois, a minha aludida admiração. Nalguns casos, uma clara decepção. Era um outro tipo de oposição que imaginava a do Arq. Silva Garcia. Uma oposição virada para as coisas concretas. Justificando as diferenças. Esforçando-se por concretizar as alternativas. Sempre numa perspectiva de informação aos munícipes. Antes, até, como sua única justificação. Por isso deveria recusar e não reivindicar uma eventual entrada na «Estrutura Pensante» da Câmara. Tal como deveria abstrair-se de outras e esforçar-se por construir a sua própria «Agenda Política». Em ambos os casos, preferir virar-se para os munícipes. Mostrar a diferença. A «sua» diferença. Para quem o elegeu e também para quem não o fez. Ainda.
SG
Aqui está uma conclusão precipitada e injusta!
Alguns exemplos. Conseguimos baixar a taxa do IMI e 0,5 para 0,4. Será uma coisa abstracta que não interesse ao quotidiano das pessoas?
Conseguimos que o preço da água aumentasse apenas 2,3% em alternativa à intenção anunciada da maioria PSD de aumentar 7,5%. Conseguimos o congelamento da Tarifa de Salubridade, em alternativa ao aumento que a maioria PSD pretendia. Mas queríamos mais, que fosse reformulado o sistema de fornecimento de água que consideramos injusto. Propusemos, mais uma vez, a criação de um Grupo de Missão para tratar do tema. Em vão!
Tentámos o fornecimento gratuito de água aos idosos carenciados. Será outra medida abstracta? O PSD chumbou.
Tentámos uma campanha de estímulo à ligação dos sistemas privativos das habitações à Rede Pública de Saneamento, através da redução em 50% dos custos de ligação, procurando contrariar o sistema injusto hoje em vigor, que obriga os cidadãos ao pagamento de taxas calculadas de forma despropositada como a Maioria PSD reconheceu, mas nem por isso acedeu à alteração pretendida.
Diante do Caso Dourado e da perda de credibilidade do Poder Local dele decorrente, propusemos um Código de Ética. Sintomaticamente, a Maioria PSD votou contra!
As nossas diferenças estão à vista…
Desde logo ao entendemos a política como um serviço público, um espaço com valores éticos e morais, um espaço de rigor e exigência, com princípios e critérios de acção, e não como um mero exercício de eternas e repetidas acções casuísticas, propiciadoras de clientelas partidárias!
Por convicção e pela sua importância institucional e operacional, há três coisas que faria de imediato se fosse Presidente: respeitaria a Lei, dignificava a Oposição chamando-a a participar na reflexão e construção das políticas globais e sectoriais e reformulava o modo de funcionamento do Município dando-lhe também total transparência. Tudo o resto viria por arrastamento, com naturalidade.
De qualquer modo, muito do que penso consta no Programa Eleitoral do PS “Um novo ciclo, um novo olhar”, em que cuja redacção, como imagina, tive uma papel preponderante por razões óbvias.
Mas, a sua apreciação encerra uma certa contradição quando, por um lado coincide com o estratagema da maioria que, tendo ganho as eleições, entende que só ela deve governar, segundo uma agenda política e um calendário próprios, e, por outro lado, conhecendo os constrangimentos a que estamos votados, entende que devemos construir as nossas próprias propostas, apesar delas não avançarem por preconceito partidário do PSD ou porque o Presidente se dá ao luxo até de as não agendar, violando de forma grosseira e intolerável a Lei.
Construir uma proposta concreta – que não uma mera ideia – obriga a contextualiza-la juridicamente e no plano da capacidade financeira da autarquia, bem como relaciona-la com a estrutura operacional do Município. Demora tempo, obriga a trabalho. Sério e esforçado. A ouvir outras pessoas e aprender com outras experiências.
Não se faz isto como mero exercício académico! Faz-se com convicção e esforço. É que o vamos tentando, apesar de todas as barreiras…
MARX
Julguei que este blog pudesse ser o primeiro passo dessa «alternativa». Informativo do seu pensamento e justificativo da sua acção. Não tem, a meu ver e infelizmente, sido assim.
SG
Marx, talvez as respostas que aqui lhe dou sirvam para conhecer um pouco mais do meu pensamento e da minha acção. Curiosamente o texto é inevitavelmente longo e insuficiente, porque muito mais haveria a dizer…
Resta-me reformular o desejo de saber com quem estou a falar… É que, deselegante mesmo, é não revelar a identidade e manter-se confortável sob a capa de um pseudónimo, ao mesmo tempo que, com toda a abertura e franqueza, eu aceito as críticas que me faz, publico-as, dou-lhes atenção e me sirvo daquilo que nelas considero justo, para corrigir a trajectória.
Esta é outra diferença que me distingue: as minhas palavras tiveram sempre um rosto e um nome!
Marx, talvez as respostas que aqui lhe dou sirvam para conhecer um pouco mais do meu pensamento e da minha acção. Curiosamente o texto é inevitavelmente longo e insuficiente, porque muito mais haveria a dizer…
Resta-me reformular o desejo de saber com quem estou a falar… É que, deselegante mesmo, é não revelar a identidade e manter-se confortável sob a capa de um pseudónimo, ao mesmo tempo que, com toda a abertura e franqueza, eu aceito as críticas que me faz, publico-as, dou-lhes atenção e me sirvo daquilo que nelas considero justo, para corrigir a trajectória.
Esta é outra diferença que me distingue: as minhas palavras tiveram sempre um rosto e um nome!
MARX
Curiosamente, Macedo Vieira justificou o não agendamento camarário da sua (aparentemente boa) Proposta de Regulamento de Apoio à Pequena Obra com base numa antecipada divulgação da mesma fora do espaço da própria Câmara. Estranho procedimento, este. Obviamente, dada a falta de hábito da CMPV. Que deveria, antes, esforçar-se por fazer passar estas medidas pelo crivo da discussão popular. Eis, então, um exemplo do que considero uma vitória da «sua» oposição.
SG
Como vê, somos mesmo muito diferentes, não é?
Curiosamente, Macedo Vieira justificou o não agendamento camarário da sua (aparentemente boa) Proposta de Regulamento de Apoio à Pequena Obra com base numa antecipada divulgação da mesma fora do espaço da própria Câmara. Estranho procedimento, este. Obviamente, dada a falta de hábito da CMPV. Que deveria, antes, esforçar-se por fazer passar estas medidas pelo crivo da discussão popular. Eis, então, um exemplo do que considero uma vitória da «sua» oposição.
SG
Como vê, somos mesmo muito diferentes, não é?
9 Comments:
Caro Arq. Silva Garcia,
Fiquei (mais) esclarecido!
Quer sobre as condições, quer sobre as justificações que têm pautado a sua oposição na CMPV. Caso para dizer que o CA 70 resgatou a sua (?) missão. A contestação que faz ao meu Post, ponto por ponto, revela autenticidade e clarividência. O esforço demonstrado nesta comunicação, ainda por cima a um desconhecido («sob a capa de um pseudónimo») demonstra nobreza. Não apenas nos propósitos. Também no carácter. O que, pode crer, não foi novidade para mim.
No entanto, permito-me voltar à carga!
O que, em concreto, relevo no meu Post é a dificuldade, da oposição que lidera, em sair do desconforto em que se encontra. Do caminho, cada vez mais estreito, que lhe vai surgindo à frente. Fruto da minoria representativa que é, mas também do isolamento em que a maioria o tem pretendido colocar. (Aliás, julgo ser cada vez mais notória a ânsia do actual Executivo camarário em fazer oposição à Oposição. Julgo perceber, também, uma qualquer falta de ascendente pessoal face a si nalguns destes «opositores».) Ora, a perspectiva que tenho aqui defendido é a de que a «saída» está na diferenciação. Uma oposição que se diferencie pela acção, pelo programa, pela «agenda política» e «estrutura pensante», próprias. Também pelo rigor no acompanhamento das medidas aprovadas pelo executivo. Tal como em tudo o que tenha a ver com activos, orgânicos ou não, da Câmara Municipal. Que, como se sabe, não são pertença de qualquer maioria. Mas sim dos munícipes. Pelo contacto e comunicação, tanto quanto possível directo, com os munícipes. Mas também se diferencie dos tiques e da postura da maioria. Quase sempre, com evidente propensão para o mais desenfreado maniqueísmo.
(A este respeito, creio que grande parte do que contesta nas «condições de exercício» da sua minoria, será também corroborado pela oposição, por exemplo, em Vila do Conde. Tal como pela oposição em Ponte de Lima. E, certamente, pela oposição em algumas autarquias alentejanas.)
Relata o Arq., também, da dificuldade em comunicar. A mensagem da oposição. Que não terá direito ou acesso aos mesmos palanques disponíveis à maioria. A mesma que tudo faz para silenciar a oposição. Para depois poder reclamar da respectiva passividade política. Ora, dados os tabus existentes e que também refere (regimentais, imprensa local, etc.) há que concretizar isso de uma outra forma. Tendo sempre, necessariamente, em atenção os munícipes. Mais cedo ou mais tarde, a mensagem passará.
Li, muito recentemente, um texto sobre Marketing Político (é disto que se trata!) Tem como título, precisamente, «Marketing Político ou “Politiquices”». Permita-me a reprodução aqui de alguns extractos. O autor é Bruno Valverde Cota, Doutorado em Gestão, na especialidade de Marketing e Professor Associado da Universidade Lusíada:
«...o Marketing Político deverá assentar em valores, na verdade e honestidade, no rigor técnico e científico e, certamente, com arte e ética na persuasão. Desta forma, o Marketing Político, a meu ver, é uma actividade que assenta na Análise, Planeamento, Implementação e Controlo de Programas Políticos destinados a criar e manter relações de troca mutuamente vantajosas com os cidadãos, de modo a atingir os objectivos de um individuo/grupo político... Considerá-la (Publicidade) Marketing Político seria reduzirmos a política a um acto de “cosmética”, na maioria das vezes com acções de comunicação “de muito mau gosto”, reduzindo a mensagem política ao mínimo, sem ideias e valores... Permitam-me o desabafo: enquanto o país não tiver a capacidade de atrair para a política pessoas de valor ao nível técnico e fundamentalmente com experiência – adquirida nas organizações e empresas – com conhecimento real e vivido sobre os principais problemas da sociedade, não teremos Marketing Político, mas apenas algumas – se calhar em excesso – “politiquices” apoiadas e ajudadas pelos excelentes profissionais de Comunicação que existem por aí. Mas quando o conteúdo é “oco”... Hoje em dia é natural que o cidadão seja persuadido, mas deve saber o porquê das coisas, de modo a permanecer livre em relação às técnicas de persuasão. Já a Retórica de Aristóteles “consistia num manual de persuasão e na denúncia científica e pública das técnicas de persuasão”... O mais importante é sabermos que o Marketing Político assenta em valores e lida com a verdade. E isso não é manipulação política baseada em publicidade. Barthes dizia que a “imagem é uma mensagem, é um suporte à fala mítica”...»
A propósito do Marx...
Utilizo este nickname, que não tenho considerado como pseudónimo, nas minhas incursões pela blogosfera. Redijo, sob esta assinatura, as minhas opiniões, convicções ou pontos de vista. Naturalmente, gozo com a forma como, algumas vezes, os Posts são recebidos. O peso da assinatura é evidente. Aproveito para sossegar alguma eventual inquietação. Trata-se de um nome que surgiu «algo» por acaso. Não deverá ter, como julgo já evidente, qualquer conotação com os originais. Pelo menos, com os famosos Karl, Groucho ou os seus irmãos...
Quanto ao desejo do Arq., já antes formulado, de saber com quem está a falar. Julgo não ser descortês em reiterar a minha vontade de permanecer assim. E, apenas porque julgo entender este seu outro «desconforto», acrescento os seguintes dados: não nos conhecemos pessoalmente; cruzamo-nos, raríssimas vezes, na via pública; não farei, seguramente, parte de nenhum grupo, núcleo, colectividade que também frequente. Não temos, tanto quanto sei, amigos comuns. E ninguém saberá, quero crer, quem está por detrás deste nickname.
Contrariamente ao que refere o Arq., creio que «deselegante» será insultar anonimamente, cuspir no teclado ou denegrir gratuitamente. Em suma, excluir qualquer respeito pelo(s) interlocutor(es). Sou, serei sempre, uma «identidade». Chame-me António, José ou Manuel. More na Avª Mouzinho, na Vasco da Gama ou na Rua do Século. Vem daí o meu «conforto». Neste sentido, permito-me manter-me Marx.
(PS - Terei todo o gosto em receber a sua proposta de regulação do apoio a pequenas obras, bem como futuras, no meu e-mail: marx.dois@gmail.com)
Agradeço-lhe imenso a não publicação do meu post, pois foi uma verdadeira manifestação da Democracia musculada de que é adepto.(Tal qual Rei-Sol)
Parecer-me-ia que este não continha quaisquer expressões menos próprias, qualquer jargão ou mesmo insulto velado.
Por essa razão presumo que não o terá publicado apenas porque mostrava um ponto de vista diferente do comentário anterior que quase o endeusava e já fazia de si o próximo presidente da câmara.
ou terá sido por apresentar uma visão diferente dos factos, ou mesmo por lhe ser feita uma crítica?
Perguntas que nunca serão respondidas, pois também este comentário nunca verá a luz do dia (entenda-se a página de comentários do seu blog).
De qualquer forma, mais uma vez reforço que é sempre agradável poder ver confirmadas as ideias pré-concebidas que temos das pessoas.
respeitosamente, Atónito
P.S. (Post Scriptum - faço questão de frisar) se por acaso não fizer ideia a que comentário me refiro trata-se do que foi feito no último post a seguir ao do universalex.
P.S.2 - quase que daria vontade de criar um blog que servisse, única e exclusivamente, para que aqueles que se veêm impedidos de transmitir as suas opiniões neste seu espaço "pluritário" de informação, o pudessem fazer
Fosca-se...chamam-se burros uns aos outros e não percebem que se estão a olhar ao espelho...
Marx..deixa de ser tão anilitico..sintetiza, menino, sintetiza...
PS: o que digo do Marx também vale para O JJ
ATÓNITO
Não sei porque está atónito!
Como vê não tenho qualquer problema em publicar o seu Post que me é francamente crítico...como tenho feito em tantas outras ocasiões e com outros casos, como pode ver neste mesmo Post.
Desconhço o outro Post que alegadamente enviou...
Quanto a fazer de mim adepto da democracia musculada, apenas comento que é uma atribuição indigna e completamente absurda, que só pode ser resultado de uma miopia profunda, da mais obscura ignorância ou simplesmente de má fé!
Já agora, porque não aproveita a sua própria ideia e cria o tal blog?
Apenas uma sujestão: ponha debaixo do que disser um nome a sério e um rosto!
Já que falamos de autenticidade e de liberdade de expressão...
Saudações
J.J.Silva Garcia
Parabéns Marx. Não é por,desta vez, dizer bem do Arquitecto que estou a felicitá-lo, mas pela elevação e coerência dos "posts".
Pese embora muitas vezes discorde dos seus comentários tenho que reconhecer que são inteligentes e fundamentados.
A bem da qualidade na blogoesfera continue a aparecer.
CARO ARQ.:
MAIS UMA VEZ ME DIRIJO A SI PARA LHE TRANSMITIR ALGUNS DOS MEUS HUMILDES PENSAMENTOS...
AO ACOMPANHAR A OPOSIÇÃO QUE TEM FEITO À CM, UMAS VEZES COM RAZÃO, E OUTRAS SEM RAZÃO, FICO POR VEZES DESILUDIDO POR NÃO ABORDAR QUESTÕES QUE O POVO FALA E COMENTA...
PENSO EU QUE DEVERIA INSISTIR NA QUESTÃO DO PREÇO DA AGUA, UMA VEZ QUE O POVO AINDA NÃO PERCEBEU QUAL A RAZAO DE PAGARMOS AGUA MAIS CARA DO PAIS...
É ESTRANHO QUE SE DIGA QUE É PARA MANTER A SUSTENYABILIDADE FINANCEIRA DA CM, QUANDO SE GASTOU UMA PIPA DE MASSA NUM TOPO DE GAMA QUE FOI ADQUIRIDO HÁ BEM POUCO TEMPO... EM EPOCA DE VACAS MAGRAS FAZ SENTIDO COMPRAR UM BMW? QUAL É A SUA OPINIAO, SR ARQ? ACHA BEM QUE NOS, POVEIROS TENHAMOS DE PAGAR ESTES LUXOS?
SERA MESMO NECESSARIO CONTINUAR A CONTRATAR MAIS PESSOAL, QUANDO É MAIS DO QUE EVIDENTE QUE HÁ FUNCIONARIOS A MAIS? TEMOS DE CONTINUAR A PAGAR OS FAVORES QUE OS SENHORES DO PODER DEVEM AOS AMIGOS? PORQUE NÃO CONGELAR AS ENTRADAS? O QUE ACHA SR. ARQ?
E JA REPAROU COMO ALGUNS DOS FUNCIONARIOS DA EDILIDADE PRIMAM PELA INCOMPETENCIA?
MAS COMO SE PODE EXIGIR COMPETENCIA AOS FUNCIONARIOS, QUANDO A INCOMPETENCIA VEM DE CIMA?
GOSTAVA DE CONHECER A OPINIAO DO SR ARQ SOBRE A POLITICA DE JUVENTUDE DA CM, SE É QUE ELA EXISTE... PARA ALEM DA CASA DA JUVENTUDE, HA MAIS ALGUMA COISA? NUMA CIDADE QUE NO VERAO RECEBE MILHARES DE TURISTAS E GRANDE PARTE JOVENS, NAO DEVERIA HAVER UM CONJUNTO DE INICIATIVAS LIGADAS À JUVENTUDE, PARA QUE ANO APOS ANO VIESSEM CADA VEZ MAIS PESSOAS Á POVOA? O Q ACHA ? SERIA DO MEU AGRADO SABER A SUA OPINIÃO... EU PENSO QUE SE DEVE Á INCOMPETENCIA DO VEREADOR RESPONSÁVEL, QUE NÃO TEM ARTE NEM ENGENHO PARA TORNAR A CIDADE MAIS ATRAENTE PARA A JUVENTUDE... É ESTRANHO QUE UM JOVEM NAO TENHA NOÇAO DO QUE É A JUVENTUDE, E DO QUE FAZER PARA CATIVA-LA...
SÓ PODE SER INCOMPETENCIA... JA REPAROU, CARO ARQ, QUE NINGUEM CONHECE A OPINIAO DESSE VEREADOR SOBRE O QUE QUER QUE SEJA? JÁ OUVIU ALGUMA COISA MINIMAMENTE INTERESSANTE DA BOCA DESSE PSEUDO ENG? JÁ OUVIU-O RESPONDER ÀS PERGUNTAS QUE LHE SAO COLOCADAS (E BEM) NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL? E NAS REUNIOES DE CAMARA? OUVIU ALGUMA COISA? CERTAMENTE QUE NAO... A SUA INCOMPETENCIA É TANTA E TAO GRANDE, QUE BASTOU DEIXAR O CARGO DE PRESIDENTE DA JUVENTUDE DO PARTIDO DE QUE FAZ PARTE, PARA QUE SE FALASSE MAIS DESSA ESTRUTURA NOS JORNAIS DA CIDADE...
TUDO ISTO, E A FALTA DE TRABALHO, DE IDEIAS, DE PROJECTOS, E TUDO MAIS, SAO SINAIS DE INCOMPETENCIA...
PERMITA-ME UM CONSELHO: SE QUER MUDAR AS COISAS PARA MELHOR, COMECE PELO ELO MAIS FRACO...
P.S.: PENSO QUE SERIA IMPORTANTE DAR A CONHECER O QUE PENSA O SR ARQ SOBRE CADA UM DOS VEREADORES, PARA QUE POVEIROS PODESSEM ESTABELECER AS DEVIDAS DIFERENÇAS ENTRE O QUE É E O QUE PODERIA SER A NOSSA CAMARA E A SUA ACTUAÇÃO, SE AS COISAS TIVESSEM MUDADO...
meu amigo pensador em primeiro nao e perciso berrar com as pessoas, mas ate concordo contigo em ouvir a opiniao do Sr Arqui. para que o povo da povoa e aldeias comentassem isso AGORA TE DIGO UMA COISA contratar pessoas se calhar na parte trabalhadora ha falta, e perciso ver que a maioria das pessoas contratadas sao SR com muita formaçao na qual os vencimentos sao muito altos esses e que era perciso ver se sao nesseçarios,tem muita gente nos serviços admistrativos, que sao Incompetentes esses a que sao os verdadeiros larapios do municipio nao a classe trabalhadora que ainda faz alguma coisa que por vezes nao faz mais ou melhor por nao ter ferramentas nem condiçoes,queria dizer mais umas coisa no que diz a classe trabalhadora eles muitas vezes nao tem conhecimentos das leis esta aqui escrito no forum em 1 de Maio caro quanto a luxos isso ja e de espera quem tem poder mas nao sabe gerir amigo tudo e possivel,vejam a frota de autocarros e camioes sempre na oficina e mais trabalhadores a queixar-se de que recebem muito pouco nao acham que se deveria ir por merito no trabalho?nao por amigos?nos somos o conselho que tem quase os estacionamentos todos pagos, nos nao eramos o que mais pagavammos o IM nos nao somos os que mais pagamos o lixo mais caro tudo no municipio e caro ate as licenças de habitaçao tem muita gente na parte admistrativa!!!!!! digo so mais uma coisa gostaria de ver a povoa melhor e com mais anbiçoes perante as freguesias que nada têm para os jovens fala se tanto em juventude e nao ha nada em certas freguesias para os ocupar nas ferias da escola a nao ser os amigos das clonias de ferias que deixa-se um pouco a cidade visitem as aldeias e deixe-se de assuntos pessoais tabalhem que estao no bom caminho, e emplantem o codigo de ectica no Municipio para verem mais moral dos chefes
Caro anonimo...
concordo plenamente consigo... a incompetencia da cm não está na classe trabalhora, mas na dita classe inteligente...
apesar de não ter votado, não conhecer, nem de ser filiado partidario, como cidadao preocupado e atento, gosto de ouvir, ler, conhecer e trocar ideias... por isso digo que gostava de saber a opiniao do sr arq sobre os temas que o povo fala na rua, em casa ou no café... certamente há coisas que todos nos sabemos, mas gostavamos de saber a opinião de quem foi eleito pelo povo...
como ja disse atras, não votei no sr arq, mas apesar de tudo penso que foi eleito para defender não só as suas ideias, mas também os interesses de todos os poveiros...
por isso, com a mesma atenção que leio os comentarios feitos aos post, tambem gostava de cohecer a opinião do sr arq sobre temas que por vezes são colocados aqui no seu blog...
não tenha medo sr. arq...
o povo esta desejoso de ter alguem que o defenda contra a impunidade, compadrio e incompetencia que reina cá no burgo... vá em frente, sem medo, que o povo estaré ao lado de quem for serio...
ola pensador de novo olha deixo te aqui algumas sugestoes para melhor o teu conhecimento vai aqui a este saite e le la mesmo nas barbas dos lambe botas do psd eu posso te dizer que muitos dos militantes do psd nao tem esses conhecimentos deixo te o saite para ti e para o arquitecto darem uma viste de olhos da para rir le tambem os comentarios
http://www.manti-garcia.blogspot.com/
Enviar um comentário
<< Home