O ATAQUE ÀS SALMONELAS PASSA POR AQUI
"Presidente da empresa Águas do Ave garantiu esta tarde (12 de Junho) aos autarcas da Póvoa de Varzim e Vila do Conde que no Verão de 2010 entrará em funcionamento a ETAR Terciária que vai travar a poluição da orla costeira. Em contraste, foi confirmada a inviabilidade de uma solução provisória que garantisse o tratamento dos efluentes descarregados no mar. Por isso, as salmonelas podem estar de volta este Verão."
Miguel Pinto, Póvoa Semanario online, 2007.06.12
Miguel Pinto, Póvoa Semanario online, 2007.06.12
Na notícia, nenhuma novidade!
Salmonelas? O verão passado não terá sido mais do que um remake dos anos anteriores. A diferença: a mediatização e a deplorável guerra entre a maioria PSD e a Autoridade Local de Saúde.
Este ano a praia continua indefesa. Na verdade nada se fez para a defender, apesar de, em Agosto de 2006, termos apontado um conjunto de medidas que poderiam ter, pelo menos, minorado os efeitos das ligações directas das redes de infra-estruturas ao mar, situação inaceitável no limiar do século XXI!
Entre outras medidas que cabem a Câmara Municipal, propusemos a rigorosa e efectiva fiscalização das ligações clandestinas de águas residuais ao sistema de águas pluviais, evitando que, através desta rede sejam levados dejectos para o mar, contaminando as aguas marinhas, como hoje acontece e a adopção de soluções de tratamento especifico e diferenciado dos efluentes das vacarias existentes no nosso concelho, criando soluções descentralizadas e porventura produtoras de biogás, evitando a actual contaminação das toalhas freáticas e das linhas de água que, a seguir, desaguam no mar. Este é um assunto premente, tanto mais que não faz parte do Contrato com a Empresa Águas do Ave.SA.
Mas, reflectindo sobre o sistema de tratamento contratualizado com a empresa pública Águas do Ave SA, que também subscrevi, sempre me causou alguma perplexidade a instalação de um interceptor que ligasse as freguesias do norte da Póvoa à nova ETAR a construir a nascente de Vila do Conde. Era muito quilómetro de conduta, muitos equipamentos pelo caminho…
Ora, num encontro com um responsável das Águas do Ave SA expusemos essa perplexidade, tanto mais que a mesma empresa gere o sistema de tratamento de águas residuais de Esposende. Tal como intuí, acabamos por concluir que é possível ligar as redes das freguesias de Aver-o-Mar, Navais, Aguçadoura e Estela) à Frente de Drenagem 11 – Baixo Cávado, à ETAR existente em Apúlia, que tem capacidade disponível. A Empresa Águas do Ave SA adiantou-nos que essa solução é técnica e financeiramente viável, e até exequível num curto prazo de tempo.
Esta é uma das vantagens que existe em a Póvoa integrar um sistema multimunicipal de tratamento de aguas residuais que, ao gerir diferentes frentes de drenagem, pode ajustar à mais próxima a que melhor servir cada localidade, independentemente das fronteiras administrativas.
Entre outras medidas que cabem a Câmara Municipal, propusemos a rigorosa e efectiva fiscalização das ligações clandestinas de águas residuais ao sistema de águas pluviais, evitando que, através desta rede sejam levados dejectos para o mar, contaminando as aguas marinhas, como hoje acontece e a adopção de soluções de tratamento especifico e diferenciado dos efluentes das vacarias existentes no nosso concelho, criando soluções descentralizadas e porventura produtoras de biogás, evitando a actual contaminação das toalhas freáticas e das linhas de água que, a seguir, desaguam no mar. Este é um assunto premente, tanto mais que não faz parte do Contrato com a Empresa Águas do Ave.SA.
Mas, reflectindo sobre o sistema de tratamento contratualizado com a empresa pública Águas do Ave SA, que também subscrevi, sempre me causou alguma perplexidade a instalação de um interceptor que ligasse as freguesias do norte da Póvoa à nova ETAR a construir a nascente de Vila do Conde. Era muito quilómetro de conduta, muitos equipamentos pelo caminho…
Ora, num encontro com um responsável das Águas do Ave SA expusemos essa perplexidade, tanto mais que a mesma empresa gere o sistema de tratamento de águas residuais de Esposende. Tal como intuí, acabamos por concluir que é possível ligar as redes das freguesias de Aver-o-Mar, Navais, Aguçadoura e Estela) à Frente de Drenagem 11 – Baixo Cávado, à ETAR existente em Apúlia, que tem capacidade disponível. A Empresa Águas do Ave SA adiantou-nos que essa solução é técnica e financeiramente viável, e até exequível num curto prazo de tempo.
Esta é uma das vantagens que existe em a Póvoa integrar um sistema multimunicipal de tratamento de aguas residuais que, ao gerir diferentes frentes de drenagem, pode ajustar à mais próxima a que melhor servir cada localidade, independentemente das fronteiras administrativas.
Deste modo resolve-se em definitivo o tratamento de esgotos dessas freguesias e, ao fazê-lo num curto prazo de tempo, atenuar-se-á significativamente a possibilidade de contaminação das praias da frente urbana da cidade da Póvoa, uma vez que as correntes marítimas – de norte para sul – deixarão de transportar tanta matéria orgânica como hoje acontece.
Por isso, Dr. Macedo Vieira, mãos à obra! Trate de lutar por esta solução. Estarei consigo!
4 Comments:
Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.
Parabéns pelo apoio à câmara!
Havendo soluções, ainda que pouco profundas (mais tácticas do que estratégicas), há que as implementar, sob pena de a Póvoa (e V do Conde) continuarem a ser penalizadas fortemente.
A incúria neste tratamento de efluentes poderá acarretar danos colaterais graves: doenças, contaminação de culturas, fauna piscícola adulterada, paisagem e ecossistema afectados...
Há que remar contra o marasmo...
mesmo que não dê votos!
"Praias da Póvoa interditas devido a salmonelas" foi notícia em 2001 (isso mesmo: dois mil e um!), num dos jornais locais. Problema velho, a cheirar mal que tresanda!
Agora se vê que grassa incompetência grossa, que nem a repetida propaganda (saneamento básico)consegue disfarçar.
Há quantos anos nos defrontamos nós com este grave problema de saúde pública, que um presidente médico deveria ter tido a sensibilidade para resolver ou remediar o mais rapidamente possível?
Aponta-se agora uma solução para parte do problema: haja então competência, honestidade, sentido de serviço público, e faça-se!
MESMO COM ETARS o problema vai subsistir...
apenas vai ser atenuado...As autarquias deviam ter vergonha de cobrar aos municipes taxas de saneamento e de lixo, quando na prática não recicla, reutiliza nem dá o adequado tratamentoaos mesmos...
normalmente cobram-se taxas pelo serviço prestado...quandonão á serviço prestado não pode haver taxas..
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