13 junho 2007

AS CONTAS QUE O PSD NÃO SABE FAZER


MENOS UM CARRO é um excepcional blog que tem como causa a mobilidade sustentável!
No passado dia 5 de Junho, publicava-se aí mais uma informação fundamental para a compreensão das coisas.
O PSD de Vieira recusa-se a promover os transportes colectivos, demitindo-se das suas responsabilidades sociais com o argumento de que isso comporta custos que não pretende assumir!
Mas, o mesmo PSD de Vieira não tem descernimento técnico, nem sequer político, para entender que, o excesso de automóveis no espaço urbano tem maiores custos sociais e materiais que os transportes colectivos, que são suportados por todos nós.
Aqui fica a explicação do MENOS UM CARRO:
"S. Proost and K. van Dender da Universidade de Leuven publicaram em 2001 um estudo na revista Regional Science and Urban Economics sobre o impacto de um automóvel a circular em Bruxelas em hora de ponta.
Os custos que são causados nos outros (ou seja a quem não está dentro de esse automóvel) em termos de poluição, congestionamento, acidentes e ruído - as chamadas externalides - é de cerca de 1,895 euros por quilómetro!
O valor é ainda ligeiramente maior para automóveis a diesel, devido à emissão de partículas. Para contrabalançar cada automóvel paga apenas 0,12 euros por quilómetro de imposto.
Fazendo umas continhas... dando de barato que o número está sobreavaliado e tomando metade dele para Lisboa, assumindo que cada automóvel faz um percurso diário de 10+10km (a média deve ser bem mais alta), isto dá cerca de 19 euros por automóvel por dia de danos que cada automobilista inflige ao resto da sociedade, pagando apenas 2,4 euros em troca!
Temos que meter de uma vez por todas na cabeça que o automóvel na cidade é um enorme custo para todos (e um custo estúpido porque há alternativas).
Há que interiorizar a ideia de que não são os transportes públicos, mas sim os automóveis particulares que estão a ser barbaramente financiados por todos.
Por uma questão de ambiente, de qualidade de vida, de bom planeamento mas principalmente de justiça social, este valor tem que ser pago por quem deve. Seja por portagens urbanas, parquímetros, taxas de circulação, seja o que for."


Na Póvoa...Bom, é só fazer as contas!

3 Comments:

Blogger José Leite said...

1,895 euros por quilómetro!

Como se chegou a este valor?!
O custo em termos de saúde, não se pode quantificar!

Há cidades em que, por força de circunstancialismos vários (área industrial envolvente, pouca zona arborizada, "smog" e afins...) esse valor poderá ser potenciador de graves doenças cuja despesa é incalculável. Quantos cancros não serão originados pela deficiência de oxigénio na atmosfera e superabundância de dióxido de carbono?
E as águas contaminadas por adubos, efluentes, resíduos tóxicos e tantos outros agentes poluidores não são veículos patogénicos por excelência?

Em vez de jantaradas e comícios onde a embriaguês eleiçoeira é timbre, deveria haver grupos de reflexão, colóquios, debates e palestras sobre estes temas.

Mas "isso" não dá votos. Pensar, isso é coisa para "velhos" ou gente sem "optimismo".

O futuro? Não, não interessa, o que dá votos é o presente!

Esta é a "radiografia" mental, moral e anímica do PSD poveiro!

Deus tenha piedade!

13 junho, 2007 18:40  
Blogger Miguel Carvalho said...

Obrigado pelo elogio.
Já agora acrescento que a nível europeu, e segundo um relatório da Agência Europeia de Ambiente, os custos não pagos pelos automobilistas e que acabam por recair sobre todos amontam a mais de 1300€ por cada europeu por ano.

13 junho, 2007 23:14  
Blogger Miguel Carvalho said...

O meu post sobre isso está aqui

13 junho, 2007 23:15  

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