DO LADO DA POESIA
Hoje, dia 21 de Março, é o Dia Universal do Teatro, o Dia Mundial Árvore, da Floresta e da Poesia…
Na Póvoa da letárgica laranja refastelada no sofá da casa grande, apenas houve tempo para comemorar o Dia Mundial do Sono!
Não porque os que ganharam a corrida dia nove outonal saibam que a OMS escolheu o primeiro dia da Primavera para propor uma reflexão sobre o direito ao tranquilo sono como condição de saúde. Nem porque tenham percebido que seria útil darem esperança aos nossos dias fazendo descansar em paz o autismo arrogante com que se extasiam… Não! A comemoração é involuntária e inconsciente. Porque, podem crer, é de sonolência que verdadeiramente percebem, contaminados pela inércia de quem está aborrecidamente cansado de si próprio e não possui outro horizonte para além do fingimento de ser alavanca de um progresso que tem o tamanho do próprio umbigo.
Hoje, fatigado pelo cansaço de aturar a ignominia, deixo que eles permanecem mergulhados na sua soporífera inevitabilidade e prefiro ficar do lado da poesia.
Assim:
Lavoisier
Na poesia,
Natureza variável
Das palavras,
Nada se perde
Ou cria,
Tudo se transforma:
Cada poema, no seu perfil
Incerto
E caligráfico,
Já sonha outra forma.
Carlos de Oliveira, in “Sobre o Lado Esquerdo”
Na Póvoa da letárgica laranja refastelada no sofá da casa grande, apenas houve tempo para comemorar o Dia Mundial do Sono!
Não porque os que ganharam a corrida dia nove outonal saibam que a OMS escolheu o primeiro dia da Primavera para propor uma reflexão sobre o direito ao tranquilo sono como condição de saúde. Nem porque tenham percebido que seria útil darem esperança aos nossos dias fazendo descansar em paz o autismo arrogante com que se extasiam… Não! A comemoração é involuntária e inconsciente. Porque, podem crer, é de sonolência que verdadeiramente percebem, contaminados pela inércia de quem está aborrecidamente cansado de si próprio e não possui outro horizonte para além do fingimento de ser alavanca de um progresso que tem o tamanho do próprio umbigo.
Hoje, fatigado pelo cansaço de aturar a ignominia, deixo que eles permanecem mergulhados na sua soporífera inevitabilidade e prefiro ficar do lado da poesia.
Assim:
Lavoisier
Na poesia,
Natureza variável
Das palavras,
Nada se perde
Ou cria,
Tudo se transforma:
Cada poema, no seu perfil
Incerto
E caligráfico,
Já sonha outra forma.
Carlos de Oliveira, in “Sobre o Lado Esquerdo”
2 Comments:
Os temas aqui mencionados são tão sérios e tão importantes para a vida do ser humano, que justificariam uma série de actividades que envolvessem o mais possível, aqui, a nossa Comunidade Poveira. Ficaram-se, os donos do feudo, pelo Dia da Floresta, com a habitual utilização das criancinhas, que desfilaram, e às quais foi servido um lanche.
De resto, por favor, não façam barulho e deixem-nos(a eles) continuar a dormir o sono dos tristes, no Concelho da vulgaridade.
O "anónimo é um trengo"
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