É PRECISO REAGIR
Abri De Rerum Natura. Li, vi a pertinência do aviso que vamos ouvindo de outros modos e noutros sítios há mais de uma década...
Querem ler o texto de J.L.Pio Abreu?
sexta-feira, 30 de Abril de 2010
A guerra
Como é habitual destacamos à sexta-feira a coluna de opinião de José L. Pio de Abreu, no "Destak":
Parece que a direita americana, derrotada nas eleições, se transferiu para Wall Street. Para já, tem andado a evitar a discussão no Senado do projecto de lei de regulação dos mercados proposto pelos democratas e que, segundo Obama, poderia evitar novas crises.
Entretanto, os mercados estão mais predadores do que nunca. Os produtos tóxicos e as instituições que produziram a crise recente estão a laborar de novo sem freio. E aqueles que foram salvos pelos Estados e seus contribuintes destroem agora os seus salvadores.
Estamos a senti-lo na pele. Existe uma guerra declarada à Europa que pode alastrar a todo o mundo à velocidade dos cliques electrónicos. Pouco importa para os republicanos, para a elite endinheirada, ou para quem colocou o Iraque em guerra.
Pouco importa para a direita americana e seus cúmplices locais. Mas importa para os europeus, sejam de direita ou de esquerda. Declarada que nos foi a guerra, estamos todos no mesmo barco.
Muitos dizem que a distinção entre direita e esquerda está agora esbatida. Ela foi clara no tempo do nazismo e dos fascismos do século XX. Existia então uma guerra, perante a qual havia que tomar posição. A guerra do século XXI está aí de novo e, com ela, a distinção entre a direita, representada pelos agentes de mercado, e a esquerda, representada pelos agentes da política. Por outras palavras, estamos numa guerra entre o capital e a democracia.
O capital atacou de surpresa e ganhou as primeiras batalhas. Haverá destroços, mas espero que a democracia acabe por vencer.
Querem ler o texto de J.L.Pio Abreu?
sexta-feira, 30 de Abril de 2010
A guerra
Como é habitual destacamos à sexta-feira a coluna de opinião de José L. Pio de Abreu, no "Destak":
Parece que a direita americana, derrotada nas eleições, se transferiu para Wall Street. Para já, tem andado a evitar a discussão no Senado do projecto de lei de regulação dos mercados proposto pelos democratas e que, segundo Obama, poderia evitar novas crises.
Entretanto, os mercados estão mais predadores do que nunca. Os produtos tóxicos e as instituições que produziram a crise recente estão a laborar de novo sem freio. E aqueles que foram salvos pelos Estados e seus contribuintes destroem agora os seus salvadores.
Estamos a senti-lo na pele. Existe uma guerra declarada à Europa que pode alastrar a todo o mundo à velocidade dos cliques electrónicos. Pouco importa para os republicanos, para a elite endinheirada, ou para quem colocou o Iraque em guerra.
Pouco importa para a direita americana e seus cúmplices locais. Mas importa para os europeus, sejam de direita ou de esquerda. Declarada que nos foi a guerra, estamos todos no mesmo barco.
Muitos dizem que a distinção entre direita e esquerda está agora esbatida. Ela foi clara no tempo do nazismo e dos fascismos do século XX. Existia então uma guerra, perante a qual havia que tomar posição. A guerra do século XXI está aí de novo e, com ela, a distinção entre a direita, representada pelos agentes de mercado, e a esquerda, representada pelos agentes da política. Por outras palavras, estamos numa guerra entre o capital e a democracia.
O capital atacou de surpresa e ganhou as primeiras batalhas. Haverá destroços, mas espero que a democracia acabe por vencer.
2 Comments:
Viva,
Por acaso também fiquei com a mesma impressão, as guerras entre povos mudaram-se para a economia e meios cibernéticos. Portugal foi mesmo alvo de um ataque para tentar destruir o pais, mas na verdade ao que dizem a estrategia era atacar Portugal, para atingir a Espanha, e depois da Espanha, a Europa inteira.
Há gente sem escrupulos, pois isto afecta pessoas reais.
A guerra está declarada, mas não é à democracia. A guerra está declarada aqueles estados que ainda acreditavam que era possível conviver o socialismo com a economia de mercado. O autor diz, e tem razão, isto é um ataque à europa e ao seu modo de vida. É um ataque à europa social e é um ataque que põe a descoberto aquilo que já todos sabíamos, a europa tal como está não tem grande futuro.
O sucesso dos predadores assenta sobre uma máxima tão antiga quão antiga é a luta pela sobrevivência na natureza. Dividir para conquistar, é um lema velho mas que nos dias de hoje tem uma actualidade que nos salta à vista.
A europa continua refém das suas pequenas guerritas internas entre alemães e franceses, entre estes últimos e os ingleses, entre o norte e o sul. A união europeia na verdade só tem união no nome, na realidade o que demosntra no dia a dia é uma desunião oportunista. Cada um decide o seu rumo em função dos seus interesses e da sua agenda privada. Para dar um exemplo, esta semana ouvi na rádio que a chanceler alemã reunia com o banco europeu e com o FMI para decidir o que fazer com a Grécia. Porque é que a chanceler alemã se tinha de reunir sozinha com estes dois organismos, porque não se reuniram a comissão europeia e o Be e o FMI, não foi ela criada com a finalidade de representar a europa no seu todo. Na realidade o que assistimos é que na hora de decidir há que percorrer as capelinhas todas em busca de aprovação, sendo que, quem decide sempre são os poderosos do norte.
Em resumo, os predadores têm campo aberto para dilacerar o euro porque a europa assim o permite. A verdadeira guerra teremos nós de a travar pela definitiva criação dos Estados Unidos da Europa, uma moeda, um governo, uma politica, ou então o melhor é cada um ir à sua vida e desfaz-se o sonho europeu de uma vez.
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