18 dezembro 2005

Bush admite que argumentos para a guerra estavam errados

O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush tem espiões espalhados pelos quatro cantos do mundo. Há quem acredite que o faz por bondade…
Eles andam por aí. Nenhum de nós está protegido dos seus olhares indiscretos e das suas conclusões precipitadas ou condicionadas ideologicamente pelo Império.
Andam por aí e são incompetentes. Bush vem reconhecê-lo, admitindo no passado dia 14 que "grande parte das informações [de espionagem] que justificaram a guerra do Iraque estavam erradas".
"O teor da informação de que os EUA dispunham sobre as armas de destruição maciça no Iraque era a mesma de muitas outras agências internacionais, e é verdade que essa informação acabou por revelar-se errada", reconheceu Bush. "Como Presidente, também é minha a responsabilidade de corrigir os nossos erros e reformar os nossos serviços secretos, e estamos a fazê-lo."
O maior erro dos EUA é o de tentar hegemonizar tudo e o de se achar no direito inalienável de interferir e condicionar o quotidiano e a história dos outros países. Ficamos a saber que esse erro está para durar. O que é preciso é tornar os espiões mais competentes para que não se note tanto a genética belicista e agressora da confederação de estados que se apresenta como o mais importante laboratório da Democracia.
Por isso, apesar da incompetência dos espiões, vemos Bush defender como certa a sua decisão de invadir o Iraque à margem do Direito Internacional. Como é possível um pressuposto errado justificar uma alegada decisão certa?

Dois anos de guerra, um país arrasado, violência diária... Como se corrige o destino de mais de trinta mil civis iraquianos e dois mil soldados norte-americanos mortos?